Portal Estado do Acre Notícias

O que significa tratar o pet como criança, segundo uma psicóloga

o-que-significa-tratar-o-pet-como-crianca,-segundo-uma-psicologa

O que significa tratar o pet como criança, segundo uma psicóloga

Tratar o pet como se fosse uma criança não é apenas um comportamento comum entre tutores apaixonados. Segundo a psicanalista Jaqueline Bastos, essa relação aciona áreas do cérebro ligadas ao cuidado parental e ao afeto, como o sistema límbico, o córtex pré-frontal e o núcleo accumbens — as mesmas ativadas quando um adulto cuida de um filho, por exemplo.

Leia também

“Essa conexão emocional desencadeia a liberação de ocitocina, o hormônio do vínculo, gerando sensações intensas de acolhimento e felicidade”, explica a especialista.

O comportamento, de acordo com Bastos, está frequentemente ligado à necessidade de carinho e companhia, especialmente entre pessoas que não têm filhos, que passaram por perdas ou que vivem em contextos de solidão emocional. “Os animais acabam representando uma fonte de amor incondicional e despertam nossos instintos protetores”, afirma.

5 imagensFechar modal.1 de 5

Os vira-latas são os mais populares entre cães e gatos

Getty Images2 de 5

Muitas pessoas também escolhem ter cães e gatos juntos

Getty Images3 de 5

A convivência pode ser positiva para os pets

Cães Online / Reprodução 4 de 5

A adoção de vira-latas é importante no combate ao abandono animal

Reprodução/GettyImages5 de 5

Vira-lata ou de raça, um pet pode mudar sua vida

Getty Images

Relação equilibrada

Na maior parte das situações, essa relação traz benefícios: o tutor sente-se emocionalmente preenchido, enquanto o pet recebe atenção e cuidados. O problema surge quando há exagero. “A partir do momento em que se ignora a natureza do animal, exigindo dele comportamentos humanos, limitando seus estímulos naturais ou até isolando-o de outros animais, podem surgir estresse, ansiedade e até problemas físicos”, alerta a psicanalista.

Para os humanos, o risco está em desenvolver uma dependência emocional excessiva, tratando o pet como substituto de vínculos sociais. “O animal pode se tornar o único foco afetivo, o que empobrece as experiências emocionais e pode dificultar a convivência com outras pessoas”, conclui Bastos.

Sair da versão mobile