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    Oposição quer CPI para investigar militância pró-Lula nas redes

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    O parlamentar de oposição Gustavo Gayer (PL) protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de abertura de CPI para investigar suposto financiamento de influenciadores ligados a Lula, com disparos em massa, para turbinar militância digital pró-governo.

    Gayer alega que verba da Presidência está sendo usada em uma “estrutura paralela de comunicação”, que seria “coordenada a partir de órgãos do governo federal e de entidades privadas contratadas, voltada à promoção de conteúdo político-partidário nas redes sociais, mediante possível utilização de recursos públicos”.

    3 imagensLula é acusado de financiar influenciadores e agências de publicidadeLula lançou plataforma para cadastrar influenciadores; deputado quer CPI para investigar influenciadoresFechar modal.1 de 3

    Gustavo Gayer quer CPI para investigar suposto financiamento de influenciadores por Lula

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    Lula é acusado de financiar influenciadores e agências de publicidade

    Agência Brasil3 de 3

    Lula lançou plataforma para cadastrar influenciadores; deputado quer CPI para investigar influenciadores

    Agência Brasil

    “O ponto de partida para a presente investigação é o lançamento do site ‘Influenciadores com Lula’, anunciado em 2 de julho do corrente ano pelo Partido dos Trabalhadores (PT), com o objetivo explícito de recrutar e organizar influenciadores digitais para promover a campanha ‘Taxação BBB – Bilionários, Bancos e Bets’, uma bandeira política associada diretamente ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, diz o documento.

    O site citado por Gayer cadastra influenciadores digitais para defender plataformas do governo Lula. Ao se cadastrar, o usuário informa de que forma pretende ajudar na disseminação das campanhas sugeridas, incluindo criar e espalhar conteúdo, organizar eventos ou liderar uma equipe regional.

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    “O que chama a atenção — e torna os fatos ainda mais graves — é a existência de indícios de que agências de publicidade e influenciadores digitais possam estar sendo financiados por verbas públicas oriundas da Secretaria de Comunicação Social (Secom), de ministérios e bancos públicos, para a disseminação de narrativas favoráveis ao governo federal, com eventual atuação integrada a campanhas partidárias, inclusive com disparos coordenados, conteúdo orientado e métricas estratégicas”, argumenta Gayer no requerimento.

    “Omissão do Judiciário”

    O deputado critica ainda a suposta “omissão” de autoridades do Poder Judiciário, “que adotaram postura rígida e repressiva contra estruturas semelhantes ligadas à oposição durante o governo anterior, mas têm se mantido em silêncio diante da atual mobilização de influenciadores e agências a favor do governo federal”.

    A CPI, caso venha a ser instalada, deverá apurar quais influenciadores e agências de publicidade estariam sendo financiados com recursos públicos para campanhas digitais, assim como os valores recebidos por essas pessoas e entidades.

    Também é sugerida a investigação do eventual vínculo “entre o governo federal e campanhas com fins eleitorais, partidários ou de manipulação narrativa nas redes sociais”.