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Para Gilmar Mendes, crise do IOF é “apenas a ponta do iceberg”

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Para Gilmar Mendes, crise do IOF é “apenas a ponta do iceberg”

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou, nesta quarta-feira (2/7), que a crise entre o governo federal e o Legislativo em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tem mais cara de ser um “sintoma” do que o próprio problema em si e, portanto, seria “apenas a ponta do iceberg”.

“Eu acho que se trata mais da revelação de um sintoma do que da doença. Creio que nós precisamos tratar da doença: a falta de diálogo, a falta de coordenação. Isso aqui é apenas a ponta do iceberg de uma crise, e nós precisamos resolver e debelar a crise”, afirmou o ministro.

Novela do IOF

A fala do ministro foi realizada durante a participação dele no XIII Fórum de Lisboa, em Portugal, nesta quarta. O evento reúne autoridades de diversas nações para debater as transformações da sociedade e os desafios que surgem com o advento da inteligência artificial. “Certamente, essa é uma oportunidade para todos assumirem seu papel diante do país e evitarem a intensificação desse impasse”, disse o ministro.

A fala de Gilmar Mendes ocorre justamente no momento em que a contenda entre Legislativo e Executivo chega ao STF. A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou na corte suprema uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) para tentar manter o decreto que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O texto editado pelo governo para aumentar o tributo em 11 de junho foi derrubado pelo Parlamento na última quarta-feira (25/6), o que agravou a crise entre os Poderes.

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O questionamento do governo sobre a derrubada do decreto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no qual foi imputado o aumento no tributo, será relatado pelo ministro Alexandre de Moraes. Também ficará aos cuidados de Moraes outra ação sobre o tema. Neste caso, a autoria foi do Partido Socialismo e Liberdade (PSol). O entendimento das ações contra a derrubada do ato de Lula é que o estabelecimento de alíquotas sobre tributos compete ao Executivo, portanto, o Legislativo não poderia interferir.

Contas públicas

As mudanças promovidas pelo governo federal no IOF têm o intuito de aumentar a arrecadação. O aumento na receita visa atingir a meta de déficit zero, cumprindo assim o arcabouço fiscal.

Além do aumento na cobrança do imposto em algumas operações financeiras, foi anunciado um corte de gastos de R$ 31,3 bilhões no dia 22 de maio deste ano, mesma data do primeiro decreto sobre o IOF, também para cumprir a meta do arcabouço fiscal.

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