Depois de a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informar que indiciaria a Secretaria Extraordinária de Proteção Animal do Distrito Federal (Sepan) por desobediência por supostamente se recusar a acolher animais resgatados, a pasta informou que vai adotar providências para “garantir o bem-estar” deles.
A corporação acusa a Sepan de não ter aceitado receber cachorros vítimas de maus-tratos encontrados e recolhidos pela PCDF durante uma operação em Samambaia, na tarde dessa terça-feira (1º/7).
A operação da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), com apoio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra os Animais (DRCA), resgatou um grupo de cachorros abandonados, com sinais de fome e sem acesso a água ou a alimentação adequada.
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Ao ser informada sobre a situação de maus-tratos contra os animais, os investigadores receberam um vídeo que mostrava a situação dos bichos.
Uma decisão judicial determinou que os animais resgatados na operação fossem levados para o abrigo público sob responsabilidade da Sepan.
No entanto, tanto a secretaria quanto a presidente do Instituto Omni – responsável pela gestão do espaço – teriam se recusado a receber os animais, segundo a PCDF.
“Diante da recusa injustificada ao cumprimento de ordem judicial, [a Sepan e o instituto] poderão responder pelo crime de desobediência”, divulgou a corporação.
O que diz a pasta
Por meio de nota, a Sepan insistiu que não poderia receber os cachorros, pois o espaço gerido pela Omni “é destinado exclusivamente ao cuidado pós-operatório de animais de rua” resgatados pela pasta e que passaram por cirurgia de castração.
Apesar disso, a secretaria comunicou enviará os animais a um lar temporário. “[Eles] receberão a assistência necessária até que sejam definidas soluções permanentes, em parceria com organizações e voluntários habilitados”, completou o órgão.