A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa (Decrin) indiciou, nesta quarta-feira (2/7), um pastor evangélico que se identifica como “ex-travesti”. Segundo os investigadores, Flávio Amaral praticou injúria e discriminação contra a comunidade LGBTQIAP+.
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O pastor, de acordo com a polícia, pregava discurso de ódio contra a população LGBTQIA+ em palestras e nas redes sociais. Ele chegou a agredir a deputada federal Erika Hilton (PSol) ao dizer que “ela não era incluída no Dia das Mulheres, pois mulher não se vira mulher, mulher se nasce mulher”.
Quem é o pastor
- Flávio Amaral atribuiu a depressão de padre Fábio de Melo à homossexualidade, afirmando que o líder católico tem falta de sexo.
- O pastor está sendo investigado pelo Ministério Público (MP), depois de uma denúncia da deputada federal Erika Hilton (PSOL) e da vereadora de São Paulo Amanda Paschoal (PSOL), após uma jovem trans da igreja tirar a própria vida, em setembro de 2023.
- A mulher, de 22 anos, passava por processos de “destransição” e “cura gay”, promovidos e coordenados por Amaral.
- Nos perfis das redes sociais, Flávio Amaral se apresenta como “ex-travesti”.
- O religioso ficou conhecido por pregar ser possível “deixar a homossexualidade” por meio da fé, do jejum e da oração.
O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), que poderá oferecer a denúncia à Justiça do DF.
Se condenado em todos os mencionados crimes, o pastor pode pegar de 6 a 15 anos de reclusão.