Policiais civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), em conjunto com o Ministério Público, realizam a Operação Infractio contra uma organização criminosa especializada no furto de petróleo bruto. Os investigadores cumprem, nesta quarta-feira (2/7), mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra os líderes e integrantes do grupo, em Além Paraíba, no estado de Minas Gerais. Até o momento, um criminoso foi capturado.
Segundo as apurações, eles atuavam de forma estruturada e persistente ao longo dos últimos anos, mesmo após terem sido alvos de diversas operações policiais. A apuração teve início a partir da tentativa de uma subtração de petróleo bruto, na região de Rio das Flores, no Rio, em agosto do ano passado.
Leia também
-
Bando que planejava matar auditor da Receita criou site com fake news
-
Ameaças de morte a auditor da Receita revelam esquema milionário
-
PF faz operação contra bando que planejava matar auditor da Receita
Técnicos identificaram movimentações suspeitas e localizaram um túnel escavado com aproximadamente sete metros de extensão, projetado para acessar clandestinamente a tubulação e viabilizar o furto.
A rápida ação integrada entre o setor de segurança da empresa e a DDSD impediu a consumação do crime e evitou um potencial desastre ambiental, já que a perfuração ocorria nas imediações do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de milhões de pessoas em três estados da federação.
O inquérito apontou para o alto grau de sofisticação da organização criminosa, que utilizava veículos alugados por terceiros, contas bancárias de interpostas pessoas e comunicações criptografadas, com o objetivo de dificultar a identificação dos verdadeiros responsáveis.
Os líderes do grupo foram alvos também da Operação Ouro Negro, deflagrada pela própria DDSD quando foram identificadas ligações diretas com um contraventor.
Além deles, outros integrantes da organização criminosa estão na mira da ação. Eles foram identificados ao longo das investigações e atuavam de forma estruturada no suporte logístico à prática dos crimes, especialmente no pagamento de despesas e ocultação da identidade dos mandantes.