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    PF: médicos fantasmas fraudavam plantões para viajar ao exterior

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    A Polícia Federal (PF), em conjunto com Ministério Público Estadual do Amapá, deflagrou, na manhã desta terça-feira (15/7), a Operação Sinecura, para apurar um suposto esquema criminoso, em que profissionais de saúde contratados para darem plantão em hospitais de Macapá (AP) estariam fraudando a escala de serviço.

    Segundo as investigações, os profissionais estariam burlando o sistema desde abril de 2022. Apesar de receberem os valores, ao invés de cumprirem o horário de serviço regular para o qual estavam escalados, eles realizavam atividades diversas — incluindo viagens ao exterior — e não compareciam aos plantões.

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    Ao todo foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo dois em Macapá (AP), no hospital e na residência de um investigado, no bairro buritizal, dois no Pará (PA), um em Belém e outro em Ananindeua, além de dois mandados no estado de Santa Catarina, em Concórdia e São José.

    A investigação identificou que quatro desses profissionais não residem em Amapá, embora estivessem frequentemente escalados para plantões presenciais no hospital.

    Um dos médicos investigados, residente em Santa Catarina (SC) desde agosto de 2022, teria ido até Macapá (AP) uma única vez, embora conste em diversas escalas de plantão até os dias atuais.

    Uma outra profissional de saúde, moradora de Belém, também só viajou uma única vez para Macapá desde o ano de 2022. Em um dos dias, ela estava escalada para um plantão noturno, porém chegou em um voo na capital amapaense às 13h50m e retornou para Belém no mesmo dia às 18h10.

    A PF identificou ainda que há registro de viagem internacional para o Chile, em dias em que um profissional de saúde estava escalado para o plantão.

    Durante as buscas, a PF apreendeu R$ 138 mil em espécie, sendo a quantia de R$ 54 mil reais na residência de um dos investigados em Macapá (AP) e R$ 84 mil em Belém (PA).

    Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e associação criminosa.

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