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PF mira rede que vendia brasileiras como escravas sexuais de luxo na Europa

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PF mira rede que vendia brasileiras como escravas sexuais de luxo na Europa

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (15/7), uma operação para apurar um esquema de tráfico internacional de mulheres para fins de exploração sexual na Europa. As investigações foram iniciadas em maio de 2024 e indicam que o grupo aliciava mulheres brasileiras, especialmente com perfil de modelos, por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens.

As vítimas eram atraídas com promessas de altos ganhos, passagens e hospedagem, mas, ao chegarem ao exterior, eram submetidas a condições degradantes, jornadas exaustivas, ameaças, retenção de documentos, exploração financeira e violência física e psicológica.

Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em São Paulo (SP), além de um mandado de prisão preventiva, com o objetivo de coletar provas e aprofundar as investigações sobre a estrutura e o funcionamento do grupo responsável pelo aliciamento e envio das vítimas ao exterior.

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Também foi determinado o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados, totalizando até R$ 6,6 milhões, bem como a apreensão de quatro passaportes e o impedimento de que as respectivas investigadas deixem o país.

O inquérito policial foi instaurado com base em elementos obtidos durante as diligências e na colaboração de uma das vítimas, que relatou detalhes sobre a atividade da rede criminosa após retornar ao Brasil.

A apuração policial também identificou a participação de pessoas no território nacional, especialmente no Distrito Federal, que auxiliavam no recrutamento e agenciamento das vítimas, inclusive organizando atendimentos realizados na Europa.

Do DF à Bélgica

Em abril do ano passado, o Portal Metrópoles revelou, por meio de uma série de reportagens, que um esquema internacional de tráfico humano liga o Distrito Federal à Bélgica.

À época, a base criminosa ficava localizada em Planaltina, região administrativa da capital da República. A operadora por trás do esquema tratava-se de uma cafetina nascida e criada no DF, que utilizava uma irmã e uma prima como telefonistas para agendar os programas para as garotas traficadas até Namur, uma pequena província belga.

A investigação da Polícia Federal prossegue com o objetivo de identificar todos os envolvidos e responsabilizar os autores pelos crimes cometidos.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa e tráfico de pessoas.

Por meio de nota, a PF destacou que reitera seu compromisso no combate ao tráfico de pessoas e à exploração sexual, e reforça a importância da denúncia como ferramenta essencial para o enfrentamento desses crimes.

Informações e denúncias podem ser encaminhadas, de forma anônima, ao canal da PF por meio do endereço www.gov.br/pf ou pelo telefone 194.

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