O ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Tércio Arnaud Tomaz presta depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (3/7), no âmbito do inquérito das fake news.
Conforme apurado pelo Metrópoles, a PF pretende concluir as investigações ainda este ano. O inquérito apura a existência do chamado “gabinete do ódio”, do qual Tércio faria parte — uma estrutura supostamente comandada pelo vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). O depoimento está marcado para as 15h, na sede da PF, em Brasília.
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Apontado como líder do “gabinete do ódio”, Tércio Arnaud foi assessor de Bolsonaro durante os quatro anos de governo
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Carlos Bolsonaro chega a ato na Avenida Paulista
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Bolsonaro e Carlos em evento em Brasília
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O objetivo das investigações é identificar toda a estrutura que, durante o governo Bolsonaro, atuaria dentro do Palácio do Planalto disseminando notícias fraudulentas, falsas comunicações de crimes, denúncias caluniosas, ameaças e difamações contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de divulgação em massa nas redes sociais.
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Tércio, que administrou as redes sociais de Bolsonaro na campanha de 2018 e seguiu no Planalto, é apontado pela PF como um dos responsáveis por compartilhar notícias falsas contra adversários do ex-presidente. Ele será ouvido acompanhado do advogado Eduardo Kuntz.
O nome de Tércio consta na lista de indiciados pela PF em novembro do ano passado. No entanto, ele acabou poupado de denúncia pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Gabinete do ódio
O “gabinete do ódio” é como ficou conhecido o grupo de comunicação comandado por Carlos Bolsonaro no Palácio do Planalto. O grupo era responsável por publicações em redes sociais, com ataques a opositores e ministros do STF.
Segundo delação feita em 2023 pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, Carlos coordenava as estratégias digitais desde a campanha eleitoral de 2018. Após a posse de Bolsonaro, os ex-servidores Tércio Arnaud e Mateus Sales Gomes passaram a integrar a equipe.