O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou nesta sexta-feira (11/7) o envio de um projeto de reforma constitucional à Assembleia Nacional para aplicar a castração química a estupradores.
A proposta surge em meio à repercussão de um caso envolvendo um deputado investigado por abuso sexual contra uma menor de idade.
Em publicação no X (antigo Twitter), Noboa afirmou que “estupradores merecem castração química e pena de prisão, e é isso que propõe a reforma constitucional que acaba de ser enviada.” O conteúdo completo da proposta, no entanto, ainda não foi divulgado oficialmente.
Pensaron que el poder los iba a proteger. Como antes, como siempre.
Esta vez no: los violadores merecen la castración química y pagar con la cárcel,
y eso es lo que plantea la reforma constitucional que acaba de ser enviada.Ahora será el turno de la Asamblea, el país necesita…
— Daniel Noboa Azin (@DanielNoboaOk) July 11, 2025
Deputado investigado por estupro de menina de 12 anos
O caso que motivou o presidente a agir envolve o parlamentar Santiago Díaz Asque, do partido de esquerda Revolução Cidadã, liderado pelo ex-presidente Rafael Correa.
Díaz é investigado pelo Ministério Público por suposto estupro de uma menina de 12 anos, crime que, no Equador, pode render até 22 anos de prisão. Ele nega as acusações, mas já foi expulso de seu partido.
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“Agora será a vez da Assembleia. O país precisa saber quem realmente apoia as vítimas e quem está disposto a proteger os agressores”, declarou o presidente equatoriano, de perfil conservador.
Castração química
A castração química é um procedimento que utiliza medicamentos para reduzir ou inibir o desejo sexual.
A medida tem sido adotada como forma de punição e prevenção de novos crimes sexuais em países como Rússia, Polônia, Coreia do Sul, Indonésia, Moldávia e em alguns estados dos Estados Unidos.
Daniel Noboa conta atualmente com maioria no Legislativo, o que aumenta as chances de a proposta ser debatida e aprovada pelos parlamentares.