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Procurador-geral da Câmara pede a demissão de servidor que o agrediu

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Procurador-geral da Câmara pede a demissão de servidor que o agrediu

O procurador-geral da Câmara Municipal de São Paulo, Paulo Baccarin, enviou, nesta segunda-feira (7/7), um documento à Mesa Diretora no qual solicita a abertura de uma sindicância contra o secretário-geral administrativo da Casa, Celso Gabriel.

O pedido ocorre devido à agressão cometida pelo servidor após o procurador resistir a uma pressão para acelerar a análise da minuta de um contrato. A defesa de Baccarin argumenta que o colega deve ser demitido.

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A agressão ocorreu em 26 de junho e foi parar na polícia, após o procurador registrar um boletim de ocorrência por injúria e lesão corporal. Na última sexta-feira (4/7), o presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União Brasil), já havia determinado uma apuração preliminar sobre o caso.

Na segunda-feira passada (30/6), quatro dias após a agressão, a Câmara concedeu férias de 15 dias para Celso Gabriel. O servidor ocupa o cargo administrativo mais alto da Casa, tendo sido promovido pela atual Mesa Diretora em maio deste ano. Antes, ele chefiava a área de Recursos Humanos do Legislativo municipal.

Pressão nos bastidores

Nos bastidores, há uma pressão por parte de servidores para que Teixeira tome uma atitude contra o secretário-geral Administrativo.

Um e-mail enviado por um servidor ao presidente da Câmara, ao qual a reportagem teve acesso, afirma que Celso Gabriel, que por mais de 20 anos chefiou a área de Recursos Humanos da Casa, é “apontado por diversos colegas como autor recorrente de condutas incompatíveis com os princípios da administração pública, especialmente no que se refere a assédio moral, perseguições e comportamento abusivo no ambiente de trabalho”.

“A sua recente promoção à Secretaria-Geral Administrativa, apesar de todo esse histórico, já causou frustração e um forte sentimento de vulnerabilidade entre servidores e servidoras, que se sentem desamparados diante da escalada de poder de alguém com histórico tão problemático”, diz o e-mail.

Reservadamente, servidores confirmaram ao Metrópoles o histórico agressivo de Gabriel e relataram casos de assédio moral praticados por ele.

Associações representativas de procuradores e advogados públicos, como a Associação Nacional dos Procuradores Legislativos Municipais (Aprolegis) e Associação Nacional dos Procuradores e Advogados do Poder Legislativo (Anpal), também manifestaram nota em solidariedade ao procurador-geral e pedindo providências à Presidência da Câmara.

A reportagem tentou contato com Celso Gabriel. O espaço segue aberto para manifestações.

Agressão na Câmara

 

 

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