O PT arrecadou R$ 3,7 milhões com contribuições neste ano até a eleição interna da sigla, realizada no último domingo (6/7). O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem como regra a obrigação de contribuição financeira de filiados que desejem participar do processo de escolha dos cargos de chefia da legenda. O vencedor da disputa pela executiva nacional petista foi o ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro da Secom Edinho Silva.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acessados pelo Metrópoles, foram R$ 1,9 milhão de contribuição de parlamentares petistas, R$ 1,3 milhão de contribuições de políticos em geral com cargos e R$ 420 mil de filiados comuns do partido. Desconsiderando o Fundo Partidário, cujo pagamento é certeiro, as contribuições representam 96.64% da verba arrecadada pelo PT este ano. Os números foram atualizados no sábado (5/7), véspera da votação interna.
O estatuto do PT determina que “todo filiado, ou filiada, deverá efetuar, obrigatoriamente, duas contribuições ao partido, uma em cada semestre”. O valor dessa contribuição é definida por uma Taxa de Referência, que varia de acordo com a posição do petista. Começa com R$ 15 para quem ganha até três salários mínimos e não ocupa cargo no partido ou em cargos de confiança na máquina pública, e chega a 13% mensal para quem tem cargo eletivo com rendimento acima de 20 salários.
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Quem mais contribuiu com o PT este ano foi o líder do partido no Senado, Rogério Carvalho (SE). O parlamentar transferiu R$ 83 mil à sigla. Edinho Silva, eleito presidente da legenda, teve contribuições que somam R$ 73,9 mil. O terceiro é o deputado federal Flávio Nogueira (PI), com R$ 55,6 mil. O presidente Lula aparece na 52ª posição, com R$ 10,9 mil somados.
Eleição de Edinho Silva
Nome de confiança de Lula, Edinho Silva foi eleito nesta segunda-feira (7/7) o novo presidente nacional do PT. A escolha ocorreu após o Processo de Eleições Diretas (PED) realizado nesse domingo (6/7). A proclamação do resultado foi mantida mesmo com a indefinição sobre o pleito em Minas Gerais, judicializado na última semana.
Edinho Silva presidiu o partido entre 2009 e 2013. Ele venceu outro ex-presidente da sigla, o deputado federal Rui Falcão, além do historiador Valter Pomar e do secretário Romênio Pereira.