Lideranças do PT decidiram aproveitar o tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil para tentar avançar com a perda de mandato dos deputados licenciados Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli, ambos do PL de São Paulo.
Nesta quinta-feira (10/3), o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), já protocolou no Conselho de Ética da Casa uma nova representação pedindo a cassação de Eduardo por causa do tarifaço.
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À coluna, Lindbergh apontou que a nota à imprensa na qual Eduardo comentou a tarifa imposta por Trump seria uma “confissão” do bolsonarista de que é “culpado” por um possível prejuízo para a indústria nacional.
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Na nota, emitida por Eduardo em conjunto com o jornalista bolsonarista Paulo Figueiredo, o filho “03” de Jair Bolsonaro assume que articulou, em conjunto com a Casa Branca, as sanções de Donald Trump.
“Nos últimos meses, temos mantido intenso diálogo com autoridades do governo do presidente Trump — sempre com o objetivo de apresentar, com precisão e documentos, a realidade que o Brasil vive hoje. A carta do presidente dos Estados Unidos apenas confirma o sucesso na transmissão daquilo que viemos apresentando com seriedade e responsabilidade”, diz Eduardo em nota.
Zambelli em maus lençóis
Já sobre Zambelli, a avaliação de petistas é de que, com o bolsonarismo comemorando a taxação, será ainda mais difícil para a deputada, que está escondida na Itália, consiguir apoio suficiente para salvar seu mandato.
O caso de Zambelli, ao contrário do de Eduardo, não passa pelo Conselho de Ética. Ela foi condenada pelo STF e terá a perda de mandato apreciada primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois pelo plenário.