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    Quem é Júnior Mano, deputado alvo da PF por desvios no Ceará

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    Alvo de busca da Polícia Federal (PF), o deputado Júnior Mano (PSB-CE) (segundo à esquerda) está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados.

    Ele foi eleito pela primeira vez em 2018 e reeleito em 2022. Antes, em 2016, iniciou sua carreira como político ao ser eleito como vice-prefeito na cidade de Nova Russas.

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    A PF cumpre parte dos mandados na cidade onde ele foi vice-prefeito. As outras medidas são cumpridas nas cidades de Fortaleza, Eusébio, Canindé e Baixio.

    Em 2021, o parlamentar chegou a ser declarado inelegível pelo Tribunal Regional Federal do Ceará por abuso de poder político no pleito de 2020. A decisão, no entanto, foi derrubada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    O parlamentar era filiado ao PL (Partido Liberal), mas foi expulso em 2024 após ter atuado na campanha do candidato petista Evandro Leitão à Prefeitura de Fortaleza.

    Foto colorida do deputado Júnior Mano - MetrópolesDeputado Federal Junior Mano (PSB-CE)

    Leitão concorreu com André Fernandes, nome do PL que disputava a capital cearense.

    O caso do deputado chegou ao STF após a Polícia Federal encontrar indícios de que o parlamentar estaria “diretamente envolvido no desvio de emendas parlamentares, utilizadas para alimentar o esquema de (compra de votos) e consolidar sua base de apoio político”.

    Antes da operação de hoje, batizada de Underhand, a PF no Ceará já havia realizado duas ações para avançar na apuração do caso, a Mercado Cláusula e a Vis Occulta.

    A apuração apontou para um esquema envolve prefeituras que recebiam valores de emendas.

    O deputado Júnior Mano apareceu no caso após a prefeita da cidade de Canindé denunciar um aliado do parlamentar durante a campanha eleitoral de 2022.

    Ela apontou crimes eleitorais do deputado e do aliado que é prefeito em Choró, no Ceará.

    Segundo ela, o parlamentar encaminhava as emendas para o prefeito que seria responsável por “lavá-las”.

    “A lavagem consiste em contatar o gestor, oferecendo como exemplo um milhão com retorno de quinze por cento para ele”, disse em depoimento. Ao menos 51 cidades teriam recebido valores, segundo a denunciante.