Incorporar exercícios à rotina pode ser bastante eficaz em vários aspectos — inclusive para ajudar a tratar a diabetes tipo 2. Quem afirma é a endocrinologista Jamilly Drago, da clínica Metasense, ao explicar como a atividade física se tornou uma aliada fundamental no controle do quadro. Segundo ela, exercícios regulares ajudam a reduzir a glicemia, melhoram a sensibilidade à insulina e podem, em certos casos, diminuir ou até eliminar a necessidade de medicamentos.
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“O exercício físico é uma ferramenta poderosa. Ele contribui diretamente para o equilíbrio da glicemia, o controle do peso, do colesterol e da pressão arterial”, afirma a médica. A recomendação é clara: acumular ao menos 150 minutos por semana de atividade aeróbica moderada — como caminhada rápida, dança ou bicicleta — distribuídos em 4 a 5 sessões de 30 a 45 minutos.
Jamilly reforça que não se trata de alto rendimento, mas de constância. “Pequenas mudanças consistentes trazem grandes benefícios ao longo do tempo”, diz.
Os efeitos positivos também são metabólicos. A prática regular ajuda a reduzir a produção de mioestatinas, substâncias que atrapalham a ação da insulina. “Com isso, o metabolismo da glicose melhora e conseguimos manter as glicemias mais equilibradas”, explica.
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Na prática
Na avaliação do personal trainer Vitor Vicente, o melhor caminho é combinar exercícios aeróbicos com treinos de força. “Esse mix ajuda a potencializar os resultados, estabilizar o controle glicêmico e prevenir a perda muscular, que pode ocorrer com o avanço da idade e da doença”, afirma.
Ele destaca que o plano de treino deve ser personalizado, respeitando o estágio da doença e a condição física do aluno. Acompanhamento da glicemia, progressão gradual e cuidado com atividades de alto impacto também fazem parte da estratégia.
“O treino para quem tem diabetes é como o de uma pessoa sedentária que está começando. A diferença está no cuidado e no planejamento. Com orientação adequada, é possível conquistar resultados significativos”, conclui Vicente.