O ator Raul Gazolla voltou a falar sobre a morte de Guilherme de Pádua, ator que foi condenado pela morte da esposa dele, Daniella Perez. De acordo com Raul, ele e Glória Perez, autora e mãe de Daniella, sentiram certo alívio após a morte de Guilherme. O ator, que atuava como pastor antes da morte, morreu em 2022 após um infarto fulminante.
Segundo Gazolla, ele chegou a celebrar a morte de Guilherme. “Eu agradeci ao universo e disse: ‘poxa, o mundo respira melhor hoje. Partiu alguém que nem deveria ter nascido“, disse em entrevista à Veja.
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O lançamento da minissérie documental Pacto Brutal, sobre o assassinato de Daniella Perez, traz à tona detalhes da vida e do assassinato da jovem de 22 anos, que estava no auge da carreira artística
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Daniella Ferrante Perez Gazolla, filha da autora de novelas Glória Perez, sempre foi apaixonada por arte. Tornou-se bailarina ainda na adolescência e, devido ao talento, foi convidada para dançar profissionalmente em uma das melhores companhias do Rio de Janeiro
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A habilidade na dança, inclusive, rendeu à moça a primeira participação especial na TV, dançando na abertura da novela Kananga do Japão, da TV Manchete. Nos bastidores, conheceu o ator Raul Gazolla, com quem casou em 1990
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A experiência foi inspiração para que ela tentasse carreira como atriz. Após realizar testes, ganhou a oportunidade de interpretar a personagem Clô, na telenovela Barriga de Aluguel
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A interpretação da jovem chamou a atenção do diretor Dennis Carvalho, que, mais tarde, a convidou para dar vida à personagem Yara, na novela Dono do Mundo. Apesar de estar no início da carreira, Daniella se tornou nacionalmente conhecida pelo público
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Em 1992, interpretou a personagem Yasmim, em De Corpo e Alma, última novela em que contracenou. Na obra, fazia par romântico com o ex-ator Guilherme de Pádua, que estreava em seu primeiro grande trabalho na TV e que seria o responsável pela morte da atriz no mesmo ano
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Em 28 de dezembro de 1992, o corpo de Daniella foi encontrado ao lado do carro dela em um matagal localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com 18 perfurações. Após colher depoimentos de testemunhas, a polícia chegou até Guilherme e a esposa dele, Paula Thomaz
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À época, uma pessoa teria visto o carro do ex-ator, com a placa adulterada, na cena do crime. Segundo a Justiça, os criminosos teriam armado emboscada para assassinar Danielle. Ambos foram condenados a 20 anos de prisão por homicídio qualificado
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Ainda de acordo com a Justiça, Guilherme ficou inseguro após perceber que o personagem dele na novela não estaria presente em dois capítulos. Como assediava Daniella, colocou na cabeça que a atriz teria contado sobre as investidas dele para a mãe
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O ator arquitetou então o assassinato da jovem com a ajuda da esposa, que sentia muito ciúme de Daniella por causa das cenas entre eles
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Hoje, Guilherme é pastor da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Em uma de suas últimas aparições públicas, o ex-ator foi flagrada em um protesto pró-Bolsonaro
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O ator afirmou também que gostaria que Guilherme tivesse morrido na cadeira pelo crime cometido em 1992.
“Assassinos como ele não podem conviver na sociedade, têm que ter prisão perpétua. Acredito que se elimina um perigo da sociedade quando se condena um assassino confesso, com nível de psicopatia”, afirmou o ator.
Gazolla revelou também que a primeira vez que viu Glória Perez sorrir outra vez foi após a morte de Guilherme.
“Depois de 32 anos, que vi a Glória sorrir. Veja a dor que a gente carrega. O pai da Dani não conseguiu carregar essa dor, sucumbiu e morreu de tristeza. Um pai não pode perder uma filha. Uma mãe não pode perder um filho”, afirmou ele também.
Caso Daniella Perez
O crime contra Daniella Perez voltou a ser comentado nas redes sociais após a estreia do documentário Pacto Brutal – O Assassinato de Daniella Perez, da HBO Max. A produção trouxe detalhes sobre a motivação do crime e da condenação de Guilherme de Pádua e da ex-esposa dele, Paula Thomaz.
Daniella Perez foi morta a punhaladas na noite de 28 de dezembro de 1992. Na época, ela era casada com Raul Gazolla. Guilherme foi condenado a 19 anos pelo crime e Paula, a 18 anos e seis meses. Os dois tiveram regime alterado para liberdade condicional sete anos após a prisão.