Ressentido com Hugo Motta (Republicanos-PB) por causa do imbróglio envolvendo o IOF, o presidente Lula indicou a auxiliares não querer encontrar o presidente da Câmara por ora.
Nos bastidores, ministros do governo dizem que Lula ainda não engoliu o que considera como quebra de acordo de Motta, ao pautar a derrubada do decreto que aumentava o imposto.
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Motta, Alckmin e Alcolumbre simbolizam a união entre Legislativo e Executivo
Divulgação/Pedro Gontijo2 de 3
O presidente Lula (PT), ao lado dos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto3 de 3
Fernando Haddad cumprimenta Lula observado por Hugo Motta
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Lula sustenta, segundo auxiliares, que o presidente da Câmara havia prometido a seus ministros que esperaria o governo a compensar a perda de arrecadação que teria com o IOF.
“O Lula não é um homem que se traia. No Nordeste (região onde o petista nasceu), o marido traído pode até voltar, mas não confia mais”, afirmou à coluna, sob reserva, um influente ministro do governo.
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Resistente a encontrar Motta, Lula escalou o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, para conversar com Motta sobre o tarifaço a produtos brasileiros imposto por Donald Trump.
Desde o episódio, Alckmin conversou ao menos duas vezes com o presidente da Câmara. Na quarta-feira (16/7), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também participou.
Horas após o encontro, Lula decidiu vetar o projeto que aumenta de 513 para 531 o número de deputados federais. “Mexeram com a pessoa errada”, diz um ministro do governo.