Em meio a centenas de ataques a ônibus registrados em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) discute a possibilidade de colocar policiais militares dentro dos coletivos. Nesta quarta-feira (23/7), o gestor municipal disse à imprensa que cerca de 200 PMs podem participar da ação.
“Eu pedi para o vice-prefeito Coronel Mello Araújo, que coordena a nossa Operação Delegada, para que a gente possa colocar alguns policiais dentro dos ônibus, e o vice-prefeito Coronel Araújo está tratando disso com a SPTrans para que, nos próximos dias, isso seja iniciado”, informou Nunes. “Nas linhas que têm maior número de ataques, a gente terá também os policiais militares da operação”, completou.
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Momento em que mulher é atingida
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A passageira foi socorrida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Santa Catarina
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Agressor tacou pedra no ônibus
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Adolescente é apreendido suspeito de ataque a ônibus em Cotia
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O indivíduo tentou acertar o motorista de um ônibus estacionado, mas a pedra parou em uma barra de proteção
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São Paulo está enfrentando uma onda de ataques a ônibus nas últimas semanas
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Cerca de 135 ônibus foram depredados, em menos de 10 dias, na Grande São Paulo
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Um homem de 27 anos foi preso após depredar três ônibus e pontos de ônibus em São Bernardo do Campo
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Ataques a ônibus em SP
Desde 12 de junho, 530 veículos do sistema municipal de transporte foram depredados, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans. Já a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que administra os ônibus intermunicipais, informou que foram registrados 291 casos de vandalismo entre 1° de junho e essa segunda-feira (21/7). Mais de 800 ocorrências constam na região metropolitana de São Paulo nos últimos dois meses.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), 14 suspeitos já foram detidos por estarem ligados à onda de vandalismo. Três homens foram presos em flagrante por ataques a coletivos apenas nessa segunda (21/7), nas zonas norte, sul e central da capital.
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Relatório da polícia
Um relatório produzido pela Polícia Civil de São Paulo fez um panorama da onda de ataques a ônibus ocorridos na região metropolitana. A análise considera o período do dia 21 de maio até 5 de julho – cerca de um mês e meio. A equipe do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) analisou os 191 boletins registrados pelas companhias de ônibus até então.
No período, a zona sul da capital é a região de maior concentração de ataques (85), seguida da zona oeste (65), zona leste (19) e centro (16). A zona norte (6) teve o menor número de ataques.
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Relatório mostra panorama de ataques a ônibus em SP
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Relatório mostra panorama de ataques a ônibus em SP
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Relatório mostra panorama de ataques a ônibus em SP
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Relatório mostra panorama de ataques a ônibus em SP
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Segundo o levantamento, as vias com pelo menos cinco ataques são: Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, Avenida Interlagos, Avenida Vereador João de Luca e Avenida Cupecê, na zona sul; Avenida Brigadeiro Faria Lima, Avenida Corifeu de Azevedo Marques e Rodovia Raposo Tavares, na zona oeste; Avenida Sapopemba e Avenida Senador Teotônio Vilela, na zona leste.
Quase 70% dos ataques ocorreram entre quintas-feiras e sábados (65 das ocorrências foram em uma quinta). As companhias lesadas foram: Vidazul Transportes, Sambaiba, Viação Campo Belo, Via Sudeste, Viação Gatusa, Viação Grajaú, Transpass e Mobibrasil — que lidera os ataques, com 40, aproximadamente 30%.