A Ucrânia afirmou que a Rússia lançou o “maior ataque de drones da guerra” contra seu território nesta quarta-feira (9/7). De acordo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foram lançados 728 drones e 13 mísseis.
Zelensky afirmou que o ataque é revelador e mostra que a Rússia quer seguir atacando. “Este é um ataque revelador – e acontece precisamente num momento em que tantos esforços foram feitos para alcançar a paz , para estabelecer um cessar-fogo, e ainda assim só a Rússia continua a repelir todos eles”, disse o presidente.
O ucraniano argumentou que a agressão contínua da Rússia é “mais uma prova da necessidade de sanções — sanções severas contra o petróleo, que vem abastecendo a máquina de guerra de Moscou com dinheiro há mais de três anos de guerra”.
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Possíveis repressões
Ainda de acordo com Zelensky, os parceiros ucranianos “sabem aplicar pressão de uma forma que forçará a Rússia a pensar em acabar com a guerra, não de lançar novos ataques. Todos os que querem a paz devem agir”.
O ataque realizado nesta quarta foi tão intenso que a vizinha Polônia enviou aeronaves suas e de seus aliados para garantir a segurança do espaço aéreo polonês.
Segundo a Força Aérea da Ucrânia, os sistemas de defesa aérea destruíram 718 dos drones e sete mísseis. Até o momento, não há informações sobre danos causados após o ataque.
Ataques com drones
Na última sexta (4/7), Kiev já havia afirmado que a Rússia tinha feito o maior bombardeio contra a Ucrânia desde o início da guerra. Na ocasião, foram lançados 539 ataques por drones e 11 bombardeios com mísseis contra Kiev.
O ataque, ainda de acordo com o governo ucraniano, deixou 23 feridos e atingiu diversos prédios em Kiev, que passou a madrugada sob o barulho de sirenes de ataque aéreo, drones kamikazes e detonações estrondosas.
Os presidentes americano e russo conversaram por telefone na quinta-feira (3/7). Trump disse à imprensa que a ligação não alcançou “nenhum progresso” e que ficou decepcionado. O Kremlin afirmou que a conversa durou quase uma hora e que Putin insistiu que a Rússia “não abrirá mão de seus objetivos” na Ucrânia.