O Governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), apresentou nesta terça-feira (8) as estratégias de vigilância e prevenção adotadas para evitar a reintrodução do sarampo no estado, após a confirmação de 80 casos da doença na Bolívia. A situação acende um alerta, especialmente nas regiões de fronteira, como Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil, devido à intensa circulação de pessoas entre os dois países.
A coletiva de imprensa contou com a presença da secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, além de técnicos da Sesacre, entre eles a médica infectologista Cirley Lobato, a coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Renata Quiles, e a responsável técnica pelas Doenças Imunopreveníveis, Renata Meirelles.
Durante o evento, a Sesacre destacou a intensificação das ações de imunização e de controle sanitário nas fronteiras, além da articulação com estados vizinhos como Rondônia. O Acre não registra casos confirmados de sarampo desde o ano 2000.
Renata Meirelles alertou para o risco de disseminação do vírus devido à natureza da fronteira. “É uma fronteira aberta Brasil-Bolívia. É um vírus que tem uma alta transmissibilidade, muito mais transmissível do que até o próprio Covid, então nós precisamos ter muito, muito cuidado com relação a isso”, afirmou. “Há 25 anos nós não temos casos confirmados de sarampo no Estado, e o nosso maior meio de prevenção é a vacinação.”