Gilberto Gil participou da missa de sétimo dia em homenagem à filha, Preta Gil, realizada na noite desta segunda-feira (28/7) na Paróquia Santa Mônica, no Leblon, zona sul do Rio.
A cerimônia reuniu familiares, amigos e fãs da cantora, que morreu no último dia 20 de julho, aos 50 anos, em decorrência de complicações de um câncer no intestino.
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“A ficha caiu para todos nós”
Acompanhado da esposa, Flora Gil, e do neto Francisco, único filho de Preta, o artista falou com a imprensa sobre a dor da perda e a forma como a filha enfrentou o processo da despedida.
“Todos sabem no país inteiro que a Preta passou por um longo período de adaptação à partida, ao processo todo de ir embora. A ficha para nós todos, e para ela especialmente, foi caindo aos poucos. Foram dois anos [do tratamento da cantora contra o câncer]”, afirmou Gil.
O cantor também destacou o sofrimento vivido pela filha ao longo da doença e como isso impactou toda a família. “O que fica mais acentuado no pesar da perda é o fato de que houve um sofrimento muito grande dela. É a coisa da qual, digamos assim, a gente mais se ressente, né? Fica do sentimento um ressentimento, não é? Pela pela, pelo fato de que ela tenha tido um período muito grande [de sofrimento]. O que também por outro lado ajudou na luta dela para essa adaptação, para esse acompanhamento que ela fez.”
Gilberto Gil durante o velório de Preta
Instagram/Reprodução
“Pra sempre”, declara Gilberto Gil sobre a morte de Preta Gil
Instagram/Reprodução
Gilberto Gil e Preta Gil
Reprodução/Redes sociais.
Gilberto Gil, Francisco e Preta Gil posam juntos
Gilberto Gil e a filha, Preta Gil
Gilberto Gil e Preta
Instagram/Reprodução
Lembrança permanente
Para Gil, a cerimônia religiosa foi um momento de união e homenagem à artista. “É como todos que virão daqui para frente quando estivermos em família, quando estivermos um círculo de amigos. E mais do que no caso dela, toda a nação brasileira, o povo inteiro que que nutriu por ela um afeto muito grande. A lembrança dela vai ficar permanentemente conosco, com todos nós.”
Em suas fala, o músico veterano também apontou que o afeto demonstrado por Preta e pelo público tem um significado ainda mais importante diante do cenário atual.
“Eu acho que a vida, especialmente num período da história da humanidade em que vivemos tantas tribulações, enfim, por causa das dificuldades do fluxo do afeto, o afeto tem sido muito represado, enfim, muito muito colocado em pequenas caixinhas para manipulação de uns e de tantos….”
E completou: “Nesse sentido, é o fato da dada lembrança dela, da memória dela ter uma circulação muito grande, muito permanente, é um consolo, é um um contraponto a essas dificuldades de afirmação do afeto pelas quais o mundo passa ultimamente. A partida dela também tem essa contribuição, contribui para nós sermos mais amorosos e mais afetivos.”