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SP registra casos de gripe viária em aves vistas no Parque Ibirapuera

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SP registra casos de gripe viária em aves vistas no Parque Ibirapuera

O governo de São Paulo afirmou nesta sexta-feira (4/7), que identificou casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAPP), conhecida como gripe aviária, em três aves silvestres encontradas no Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.

Os casos foram confirmados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA). Segundo a Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, as aves são três Irerês e não são residentes do local.

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Diante do caso, o órgão, em conjunto com a direção do parque e a Prefeitura de São Paulo, vai intensificar as atividades de educação sanitária no local “afim de conscientizar a população acerca dos procedimentos que devem ser adotados para evitar a propagação da doença”.

A Defesa Agropecuária de São Paulo ainda afirmou que não há risco à população, nem impacto na produção avícola. Além disso, esclareceu que o consumo de carne de aves e ovos é seguro.

Equipes do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA) e da Divisão de Fauna Silvestre da prefeitura municipal já atuam no Parque Ibirapuera realizando vistorias clínicas diárias e, até o momento desta publicação, não há sinais de sintomas compatíveis com a gripe aviária.

O programa ainda afirmou que não vai haver sacrifício sanitário no local devido à ausência de sinais clínicos nos animais existentes no local.

“A Defesa Agropecuária frisa que em se tratando de foco de IAAP em ave silvestre, não ocorre embargos nas exportações de carnes e ovos, não sendo alterado o status sanitário de São Paulo e do Brasil perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”, finaliza a nota.

Vacina contra gripe aviária

Risco de pandemia preocupa

A transmissão da gripe aviária em humanos, considerada esporádica, ocorre após contato próximo com uma ave infectada e/ou suas fezes. A forma de transmissão mais plausível é o contato com as penas, pele, mucosas e aerossóis, pela manipulação do animal infectado vivo ou morto – este último na manipulação em frigoríficos, por exemplo – e depois de encostar a mão contaminada nos olhos, nariz ou boca, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Até o momento, não há comprovação da transmissão do vírus de humano para humano, embora um artigo da revista Science relata a possibilidade cada vez mais próxima de isso ocorrer por conta de mutações do vírus. Se antes ele só atingia aves, agora já infecta vacas e humanos que têm contato com os bovinos.

No Brasil, não há casos registrados da doença em pessoas, embora este ano tenha sido notificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a infecção em aves comerciais de uma granja no município de Montenegro (RS) e de outros estados do país, que estão sob investigação. A pasta esclarece que está rastreando as granjas com atuais focos e adotando medidas sanitárias nos locais, nas proximidades e entre pessoas que trabalham nas granjas. O país já havia notificado um foco de infecção em aves silvestres, em 2023.

“Ter uma vacina pronta, com uma plataforma já testada, que mostra que produz anticorpos contra o vírus, é o objetivo do Butantan. Não é para já comercializar, mas para propor um estoque estratégico”, afirma o diretor do Butantan, Esper Kallás.

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