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    Suco de laranja dispara mais de 9% em Nova York após tarifaço de Trump

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    Na esteira do anúncio do novo tarifaço comercial imposto pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os contratos do suco de laranja seguem em forte alta na Bolsa de Valores de Nova York.

    Segundo analistas do mercado, o principal fator para a disparada nos preços é a imposição da tarifa de 50% dos EUA sobre todos os produtos do Brasil, anunciada por Trump nesta semana.

    Nesta sexta-feira (11/7), os papéis para setembro (os mais negociados) registravam alta de 9,48%, negociados a US$ 2,8885 por libra-peso.

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    Volume de exportações

    O Brasil exportou para os EUA mais de 41% dos volumes de suco de laranja embarcados na safra 2024/2025, que terminou no dia 30 de junho, com um faturamento total de US$ 1,3 bilhão. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

    Segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), em abril deste ano, quando o governo Trump anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre produtos brasileiros, a estimativa era de um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão por ano em exportações.

    A entidade estimou, na ocasião, que o setor teria custos adicionais de R$ 585 milhões por ano, levando em consideração uma projeção de 235,5 mil toneladas exportadas aos EUA por ano.

    Entre janeiro e maio de 2025, segundo dados do Ministério da Agricultura, o Brasil exportou 570 mil toneladas de suco de laranja para os EUA, somando US$ 692,2 milhões.

    Impacto no setor

    Para a CitrusBR, que reúne os principais exportadores do setor, o tarifaço de Trump praticamente inviabiliza as exportações para os EUA. “Trata-se de uma condição insustentável para o setor, que não possui margem para absorver esse tipo de impacto”, diz a entidade.