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    TACO miou. De novo. (por Tânia Fusco)

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    Rugia até 29, no 30 miou. Como o leão, que abre os filmes da americana MGM, deu três urros e foi pra fita.  Não houve laquê que segurasse a onda dos 50% sobre todos os produtos importados do Brasil.  700 escaparam do trumpaço.

    Daí o Taco: Trump Always Chickens Out*.

    Taco não rasga dinheiro. Resumindo, aviões, minérios e até o prosaico suco de laranja saíram do castigo.  Já a carne (quem diria?), as frutas e o café permaneceram na lista suja.

    Eita, mas não são os da carne, particularmente, que batem cabeça pra Mister Trump e alimentaram à picanha os acampamentos golpistas do Bolsonaro pai – o que já usa tornozeleira?

    Pois então. Justo eles foram penalizados com os 50% impostos pelo Taco do Laquê. O castigo vem a galope, ironizava um meme.

    E veio, particularmente, pra pecuária brasileira.

    Nada a celebrar, tudo a lamentar. Afinal são produtos brasileiros, produzidos por gente do Brasil, como bom alimento pra aqui e por aí afora.

    A taxação é injusta e indevida. Como injusto, indevido e lamentável tem sido a relação do governo Trump com o mundo civilizado. Um leão velho, cego, autoritário e enraivecido, seguido por outros, tenta submeter o mundo a… a… o que mesmo?

    Aos interesses seus e dos seus parceiros no império da ganância instalada na Casa Branca americana. Digamos, como sempre, é tudo por dinheiro. Muito dinheiro.

    De várias maneiras, a corja têm rugido para o mundo. Acabam miando. Mas, entre um vai e um volta, o dólar sobe, a bolsa cai e vice versa e alguns ganham muito.

    Um dia, alguém porá o guizo nesses ratos – ainda que velhos, mas nada mansos. Um dia a casa cai. Amém.

    Do palanque dos malvados, ultrapassando todos os limites de respeito entre nações, vieram também sanções para o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que conduz investigações para punições aos golpistas brasileiros. Gente que, no modelo Trump, tentou à força melar as eleições de 2022.

    Xandão, respeitado mundo afora pela coragem, exposta até aqui – e odiado por uns tantos também por isso -, foi alcançado ontem pela Lei Magnitsky, dispositivo da legislação americana que impõem sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações dos direitos humanos.

    Pressupostos que não alcançam o ministro, mas têm servido de argumento aos que defendem o golpismo e os golpistas – internos e externos.

    As punições da tal da Lei Magnitsky atingem bens e eventuais serviços, como cartões de crédito, por exemplo, que o acusado tenha nos e dos USA.

    Xandão não tem bens em terras americanas, não renovou visto vencido desde muito. Vive bem sem Miami e NY. Prefere a Europa. Pode dispensar os Cartões de Crédito de bandeira americana. Quem não tem Visa, vai de PIX. Numa boa. Pra não esquecer, o PIX é o maravilhoso meio de pagamento brasileiro que causa aflição no “mercado” americano.

    A turma de Trump segue ameaçando outros ministros da nossa Suprema Corte. O “injusto” julgamento de Bolsonaro e seus golpistas, alega a rataria, é a causa para punições pela Magnitsky.

    Deve haver quem trema diante dos mice** gringos. Não é o caso dos ministros do STF, ou dos brasileiros que prezam cidadania e soberania.

    Enfim, depois de rugir durante um mês e, aos costumes, miar na véspera do fim do prazo pra valer o trumpaço, o presidente americano fez rir quase o país inteiro. O mesmo Taco de sempre.

    Aqui não, violão!

    Vai catar coquinho na praia. Aproveita pra ver se to lá na esquina.

    Se saia, seu Trump! Stale*** de M!

    (A melhor parte da pataquada do Taco é que ele pode conseguir juntar brasileiros que andavam pra lá de separados).

     

    *Taco. Trump Always Chickens Out. Significando: Trump sempre amarela.

    **Mice: ratos

    *** Stale: bolorento, ultrapassado, obsoleto