O governo da Tailândia informou nesta sexta-feira (25/7) que retirou mais de 100 mil pessoas de áreas fronteiriças com o Camboja devido aos confrontos militares entre esses países do Sudeste Asiático.
Na quinta-feira (24/7), uma disputa territorial de décadas derivou em hostilidades intensa dos dois lados, com mobilização de aviões de combate, artilharia, tanques e infantaria. Os conflitos preocuparam a comunidade internacional.
De acordo com o ministério do Interior da Tailândia, 100.672 moradores das quatro províncias fronteiriças tinham sido levados para cerca de 300 refúgios temporários. A pasta da Saúde aumentou o número de mortos de 12 para 14 – um soldado e 13 civis.
Esses combates representam uma escalada dramática de uma antiga disputa entre Tailândia e Camboja. Esses vizinhos compartilham 800 km de fronteira e atraem milhões de turistas estrangeiros a cada ano.
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No centro da disputa estão dezenas de quilômetros da fronteira, marcada por antigos templos. Entre 2008 e 2011, embates entre ambos deixaram 28 mortos e dezenas de milhares de deslocados.
Por uma década, graças a uma decisão favorável ao Camboja pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) da Organizações das Nações Unidas (ONU), houve uma trégua. Entretanto, a tensão voltou após a morte de um soldado cambojano.
Para tratar da contenda, o Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta sexta. A reunião de emergência foi um pedido do primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet.
Estados Unidos e França pediram o cessar imediato dos enfrentamentos. União Europeia e China defenderam o diálogo.