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Tarcísio se reúne com encarregado dos EUA para falar do tarifaço

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Tarcísio se reúne com encarregado dos EUA para falar do tarifaço

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicano), se reuniu nesta sexta-feira (11/7) com o encarregado de negócios dos EUA, Gabriel Escobar, em Brasília, para falar sobre os impactos do tarifaço anunciado pelo presidente americano Donald Trump sobre as exportações brasileiras.

“Acabo de me reunir com Gabriel Escobar, Encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA no Brasil, em Brasília. Conversamos sobre as consequências da tarifa para a indústria e agro brasileiro e também o reflexo disso para as empresas americanas. Vamos abrir diálogo com as empresas paulistas, lastreado em dados e argumentos consolidados, para buscar soluções efetivas. É preciso negociar. Narrativas não resolverão o problema. A responsabilidade é de quem governa”, escreveu Tarcísio em sua conta oficial no X.

Após virar o principal alvo de críticas de petistas em meio à crise da sobretaxa, Tarcísio viajou à Capital Federal na tarde de quinta-feira (10) e se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O governador passou a ser cobrado pela decisão do governo americano de sobretaxar em 50% os produtos brasileiros exportados ao país após ter endossado uma publicação anterior de Trump que criticava o processo judicial que corre no STF contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Na carta enviada ao governo brasileiro para comunicar o tarifaço, Trump citou diretamente o caso do aliado, chamando de “vergonha internacional” e “caça às bruxas”.

O encarregado de negócios da embaixada americana no Brasil, Gabriel Escobar, também foi chamado na última quarta-feira (9/7) ao Palácio do Itamaraty para prestar esclarecimentos após o órgão endossar a mensagem de Trump.

Críticas da esquerda

Tarcísio foi um dos nomes mais criticados pelos manifestantes no ato organizado por movimentos sociais nessa quinta-feira (10/7), na Avenida Paulista. Em meio ao ato, os manifestantes enrolavam gritos de “Cala a boca, Tarcísio” e também chamavam o governador de “vira-lata”.

Principal organizado do ato, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) classificou de “vergonhosa” a postura do governador de São Paulo em relação ao tarifaço.

“A postura do Tarcísio é vergonhosa. São Paulo é o estado mais industrializado do país. É o estado que, com essa taxação, vai ser o grande prejudicado, a indústria, desemprego dos trabalhadores. E o governador de São Paulo, que deveria defender o interesse do povo paulista, do trabalhador paulista, do empresariado paulista. Toda uma atitude vexatória. Uma atitude de colocar a sua servidão ao bolsonarismo acima do estado que ele deveria governar. A máscara dele caiu nesses dias”, afirmou Boulos durante o ato convocado por movimentos sociais e centrais sindicais.

Ainda na manhã de quinta, Tarcísio reconheceu o impacto negativo da taxação de 50% para os estados com produção industrial, como São Paulo, e defendeu que se abra uma mesa de negociação para tentar reverter a taxação até agosto, quando a oneração ao Brasil poderá ser aplicada.

“O tarifaço é deletério, principalmente para aqueles estados que têm produção industrial de maior valor agregado. E a gente precisa, obviamente, sentar na mesa, deixar de lado as questões ideológicas, deixar de lado as questões políticas, deixar de lado revanchismos, as narrativas e trabalhar”, disse o governador a jornalistas durante uma cerimônia para a entrega do primeiro trem da linha 6-Laranja do metrô, na Brasilândia, zona norte da capital paulista.

O governador também cobrou a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), não está indo bem, tem um problema fiscal grande, e que a diplomacia brasileira é distante da Casa Branca.

Críticas ao STF

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