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    Tarifaço: Trump eleva taxas para dezenas de países. Veja lista

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    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (31/7) um decreto que amplia as chamadas “tarifas recíprocas” aplicadas a dezenas de países. A medida, que eleva os encargos sobre produtos estrangeiros que entram no mercado norte-americano, é justificada pelo governo como uma resposta a desequilíbrios comerciais e, em alguns casos, a questões de segurança pública.

    As novas tarifas, que variam entre 10% e 41%, começarão a ser aplicadas no dia 7 de agosto, e não mais no dia 1º, como prometido anteriormente. No entanto, mercadorias embarcadas para os EUA antes dessa data e que cheguem ao país até 5 de outubro estarão isentas da nova tributação.

    A tarifa mais alta, de 41%, foi imposta à Síria. Países como Laos e Mianmar foram sobretaxados em 40%. Suíça (39%), Iraque e Sérvia (35%), além de Argélia, Bósnia e Herzegovina, Líbia e África do Sul (30%) também estão entre os mais afetados.

    A União Europeia, o Japão e a Coreia do Sul passarão a enfrentar tarifas de 15% sobre determinados produtos. Já para Costa Rica, Bolívia e Equador, o encargo subiu de 10% para 15%.

    Canadá e Brasil

    No mesmo pacote de medidas, Trump também assinou uma ordem executiva específica para o Canadá, elevando de 25% para 35% a tarifa sobre produtos importados do país vizinho.

    Segundo a Casa Branca, a decisão está relacionada à “contínua inação e retaliação do Canadá” no combate ao tráfico de fentanil, um opioide sintético que tem gerado uma grave crise de saúde pública nos EUA.

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    O Brasil, por sua vez, manteve a alíquota base de 10% estabelecida em abril. No entanto, com o novo decreto, assinado nessa quarta-feira (30/7), que impõe sobretaxa de 40% a partir da primeira semana de agosto, com exceção de quase 700 produtos, a maior parte das exportações brasileiras passará a enfrentar tarifas efetivas de até 50%.

    As tarifas anunciadas fazem parte da estratégia do governo Trump de pressionar países com os quais os Estados Unidos mantêm déficits comerciais. Segundo a Casa Branca, a ideia é estabelecer “condições justas e equilibradas” no comércio exterior americano.

    Veja lista das tarifas recíprocas ajustadas

    • Afeganistão: 15%
    • Argélia: 30%
    • Angola: 15%
    • Bangladesh: 20%
    • Bolívia: 15%
    • Bósnia e Herzegovina: 30%
    • Botsuana: 15%
    • Brasil: 10% (acrescido da sobretaxa de 40% anunciada em 30/7)
    • Brunei: 25%
    • Camboja: 19%
    • Camarões: 15%
    • Chade: 15%
    • Costa Rica: 15%
    • Costa do Marfim: 15%
    • República Democrática do Congo: 15%
    • Equador: 15%
    • Guiné Equatorial: 15%
    • União Europeia:  15% (para a maioria dos produtos)
    • Ilhas Malvinas (Falkland): 10%
    • Fiji: 15%
    • Gana: 15%
    • Guiana: 15%
    • Islândia: 15%
    • Índia: 25%
    • Indonésia: 19%
    • Iraque: 35%
    • Israel: 15%
    • Japão: 15%
    • Jordânia: 15%
    • Cazaquistão: 25%
    • Laos: 40%
    • Lesoto: 15%
    • Líbia: 30%
    • Liechtenstein: 15%
    • Madagascar: 15%
    • Maláui: 15%
    • Malásia: 19%
    • Maurício: 15%
    • Moldávia: 25%
    • Moçambique: 15%
    • Mianmar (Birmânia): 40%
    • Namíbia: 15%
    • Nauru: 15%
    • Nova Zelândia: 15%
    • Nicarágua: 18%
    • Nigéria: 15%
    • Macedônia do Norte: 15%
    • Noruega: 15%
    • Paquistão: 19%
    • Papua-Nova Guiné: 15%
    • Filipinas: 19%
    • Sérvia: 35%
    • África do Sul: 30%
    • Coreia do Sul: 15%
    • Sri Lanka: 20%
    • Suíça: 39%
    • Síria: 41%
    • Taiwan: 20%
    • Tailândia: 19%
    • Trinidad e Tobago: 15%
    • Tunísia: 25%
    • Turquia: 15%
    • Uganda: 15%
    • Reino Unido: 10%
    • Vanuatu: 15%
    • Venezuela: 15%
    • Vietnã: 20%
    • Zâmbia: 15%
    • Zimbábue: 15%