Tati Machado abriu o coração ao falar, pela primeira vez, sobre a perda de seu bebê, Rael, na 33ª semana de gestação, em maio deste ano. Junto com o marido, a jornalista contou detalhes da descoberta e a dor.
Em entrevista ao Fantástico, Tati contou que foi ao Rio de Janeiro, onde aconteceu um chá de bebê para o filho e, na volta para São Paulo, percebeu a ausência de movimentos do bebê na barriga.
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“Ele estava numa fase que era uma explosão de movimentos. E eu senti essa falta do movimento”, contou.
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Tati Machado compartilha vídeo sorrindo e desabafa: “Me resgatar”
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Tati Machado e Bruno Monteiro.
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Tati Machado e o marido, o cineasta Bruno Monteiro
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Tati Machado fala pela 1ª vez sobre a perda de Rael: “Ferida acesa”
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Tati Machado posa com um meio sorriso para as redes sociais
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No dia seguinte, ela usou um aparelho caseiro para ouvir a movimentação do bebê e percebeu uma batida. Tati foi trabalhar normalmente. Mas, horas depois, decidiu ir em uma emergência ao ver a noticia da perda de Micheli Machado e Robson Nunes, que também estava no oitavo mês de gestação.
“Na mesma hora, o meu mundo parou”, disse ela, revelando que a médica havia informado que o coração havia parado. “Eu olhei pro Bruno, como a gente está aqui agora. Peguei na mão dele e falei: ‘A vida trouxe isso pra gente. E a gente vai ter que encarar juntos’”, lembrou Tati.
A indução do parto
Ainda na entrevista, Tati Machado contou depois do diagnóstico, foi iniciada a indução do parto. Apesar da dor do momento, ela descreve o nascimento como um “parto lindo”. “O parto do Rael foi um parto lindo. Com toda a tristeza que existia ali, foi lindo”, disse.
Rael nasceu no dia 13 de maio, às 8h45 da manhã. “Quando a gente conheceu o Rael, foi o nosso momento de despedida também”, disse Bruno, marido da jornalista.
Causa da morte
Segundo a apresentadora, a causa da perda não foi esclarecida. “Não tem nada da medicina que explica o que aconteceu com a gente. A gente fez autópsia, exames genéticos importantes… Nada”, contou Tati.
Renata Capucci, que também contou ter perdido um bebê nas mesmas 33 semanas de Machado, destacou a parte difícil que é o retorno para casa: “Principalmente quando a gente sai do hospital, da maternidade, e vai passando pelas portas decoradinhas, com flores, e a gente ouve choros de neném”, disse Capucci. “É uma dor dilacerante”, completou Tati.
O luto e uma nova tentativa
O trauma do momento uniu o casal Tati e Bruno. A jornalista, no entanto, destacou os sentimentos do luto: “Você sente amor, saudade, raiva. E a culpa… Eu acho que eu nunca vou me livrar dela. Me sinto culpada porque eu acho que eu não consegui. Eu não dei conta”, desabafou Tati.
Sobre o futuro, Tati foi sincera: “Já é algo que bate em mim. Não estou pronta. A resposta de hoje é que eu ainda não estou pronta. Mas não desisti”, disse ela.
O casal faz terapia juntos e pensa em tentar uma nova gravidez. “Não tem substituição. Mas tem um amor e uma vontade muito especial de construir uma família aqui”.