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Trump exige de Harvard entrega de documentos de alunos internacionais

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Trump exige de Harvard entrega de documentos de alunos internacionais

governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou, nesta quarta-feira (9/7), a pressão sobre a Universidade Harvard, distribuindo intimações que demandam a entrega dos dados de alunos internacionais e constestando o credenciamento da faculdade.

O Departamento de Segurança Interna emitiu intimações administrativas solicitando dados sobre os estudantes internacionais da universidade.

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Separadamente, os departamentos de Educação e de Saúde e Serviços Humanos entraram com uma ação contra o credenciamento de Harvard, com base na constatação da administração de que a universidade violou a lei federal de direitos civis ao não abordar adequadamente o que considerou assédio a judeus no campus.

O que está acontecendo

Desde junho, o governo Trump e Harvard iniciaram negociações, quando começaram a explorar um possível acordo sobre o papel do governo federal em admissões, contratações e currículo, segundo fontes ouvidas pelo jornal The New York Times.

Apesar das negociações terem começado, os detalhes dessas ofertas ainda não estão claros, mas as ações do governo Trump, nesta quarta, sugerem insatisfação com as propostas de Harvard.

O governo, por si só, não pode revogar o credenciamento, essencial para que os alunos sejam elegíveis a programas federais de auxílio estudantil, como as Bolsas Pell. No entanto, a administração informou à Comissão de Educação Superior da Nova Inglaterra, credenciadora de Harvard, que acreditava que a universidade poderia estar em desacordo com seus padrões.

“Ao permitir que o assédio e a discriminação antissemitas persistam sem controle em seu campus, a Universidade Harvard falhou em sua obrigação com estudantes, educadores e contribuintes americanos”, avaliou a secretária de Educação dos EUA, Linda McMahon.

“O Departamento de Educação espera que a Comissão de Educação Superior da Nova Inglaterra aplique suas políticas e práticas e mantenha o departamento plenamente informado sobre seus esforços para garantir que Harvard esteja em conformidade com a lei federal e os padrões dos credenciadores”, concluiu Linda em comunicado.

Respostas ao governo

Nesta quarta-feira, Harvard descreveu as intimações como “injustificadas” e rejeitou as acusações de violação de direitos civis feitas pelo governo. A universidade disse estar “longe de ser indiferente” ao antissemitismo e que “continua a cumprir” os padrões de acreditação.

A universidade ainda observou que sua creditação não foi interrompida desde 1929, quando foi revisada pela primeira vez.

O presidente da Comissão de Educação Superior da Nova Inglaterra, Lawrence M. Schall, disse que “daria a devida consideração a informações significativas relacionadas à acreditação reveladas sobre uma instituição entre períodos de revisão programada”.

Segundo a comissão, suas políticas e procedimentos “dão às instituições até quatro anos para entrar em conformidade quando a comissão constatar que estão fora de conformidade, o que pode ser prorrogado por justa causa”. Uma escola que não esteja em conformidade, observou a comissão, permanece credenciada durante esse período.

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