Presente nas prateleiras de farmácias e no armário de muitos brasileiros, o omeprazol é um dos medicamentos mais prescritos para tratar gastrite, refluxo e outros problemas gástricos. No entanto, o uso contínuo e sem supervisão médica desse tipo de remédio — que pertence à classe dos inibidores de bomba de prótons — pode trazer riscos sérios à saúde, como deficiência de vitamina B12, entre outras complicações.
Leia também
-
Fruto ajuda a regenerar o fígado e combate o envelhecimento precoce
-
Corrida: saiba o que comer para recuperar a energia pós-treino
-
Atletas da WNBA fazem protesto por igualdade salarial com camisetas
-
Ligar para o ex? Veja o que não fazer durante o Mercúrio retrógrado
A explicação está no próprio mecanismo de ação do omeprazol: ele reduz a produção de ácido no estômago. Embora isso alivie sintomas de azia e queimação, o ácido gástrico também é essencial para a absorção adequada de nutrientes, incluindo a vitamina B12, o magnésio, o cálcio e o ferro.
A deficiência de B12, em especial, pode levar a anemia, fadiga, alterações neurológicas e até quadros de depressão e confusão mental, especialmente em idosos. O risco aumenta quando o medicamento é usado por mais de dois a três meses seguidos, como alertam estudos recentes e órgãos internacionais de saúde.
8 imagens
Fechar modal.
1 de 8
Faça substituições inteligentes na dieta para emagrecer
Getty Images2 de 8
Praticar atividade física é essencial
Pixabay3 de 8
Lembre-se: o efeito sanfona desencadeia doenças cardiovasculares e alterações hormonais
Tim Platt/Getty Images4 de 8
Por isso, procure sempre manter a boa forma
Alto Astral/Reprodução5 de 8
Se quiser emagrecer, aumente também a ingestão de líquidos, como água, sucos e chás
Getty Images6 de 8
Evite erros comuns que retardam o emagrecimento
Getty Images 7 de 8
Como ter noites de sono ruins e treinar demais, o que desgasta o corpo
Pixabay8 de 8
Veja sinais de que sua dificuldade de emagrecer pode ser hormonal. Perda de peso hormonal
Getty Images
Além disso, o uso crônico de omeprazol pode alterar a microbiota intestinal, facilitar infecções gastrointestinais e até aumentar o risco de fraturas ósseas, devido à diminuição na absorção de cálcio.
O alerta não é para que o medicamento deixe de ser utilizado, mas sim para que seja tomado com critério e sob orientação médica. Em muitos casos, mudanças no estilo de vida — como reduzir o consumo de café, álcool, cigarro e alimentos gordurosos — podem ser alternativas eficazes no controle dos sintomas gástricos, evitando a dependência do remédio e os possíveis desdobramentos do uso por longos períodos.
(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida