Pão com ovo no café da manhã, arroz com frango no almoço e uma rapadura antes de cada luta. Essa é a base da dieta de Andressa Guirau, faixa-preta de jiu-jítsu, personal trainer e mãe, que concilia os treinos intensos com uma rotina cheia de papéis.
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“No mundo da luta, a gente enfrenta outro adversário: a balança”, brinca Andressa, ao falar sobre a preparação para competições que exige bater o peso certo sem perder rendimento.
A rotina da faixa-preta é puxada: musculação e cardio três vezes por semana e jiu-jítsu seis vezes, com treinos de duas horas. Tudo isso sustentado por um plano alimentar simples, eficiente — e saboroso.
Confira a dieta da lutadora:
Café da manhã:
– Pão com ovo e café
– Banana com aveia
Almoço:
– Arroz, frango e legumes
Lanche da tarde:
– Bolinho de banana ou pão com queijo
Jantar:
– Arroz, frango e salada à vontade
Essa dieta faz parte do plano alimentar da atleta. Andressa conta que no mundo da luta, há um adversário tão desafiador quanto o oponente no ringue: a balança. Antes de competir, os atletas precisam passar pela pesagem, que define a categoria em que irão lutar.
Segundo a lutadora, o verdadeiro desafio é alcançar a melhor performance possível dentro do peso estabelecido. “Não basta apenas bater o peso, eu preciso render 1000% nele!”, destaca. Com bom humor, ela completa: “Nunca fui triste fazendo essa dieta”.
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Vice-campeã mundial IBJJF
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A rotina dela é puxada: musculação e cardio três vezes por semana e jiu-jítsu seis vezes, com treinos de duas horas
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Andressa Guirau com a filha
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Andressa Guirau
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Mas o verdadeiro ritual vem antes de subir no tatame: a tradicional rapadura. “É o meu momento de reflexão e concentração, enquanto vou degustando minha rapadurinha”, conta aos risos. Além do valor simbólico, ela garante que o doce dá energia e melhora a performance.
Além da alimentação e dos treinos, Andressa também prioriza a saúde mental. “Não abro mão dos meus momentos com minha psicóloga. A preparação vai muito além do campeonato. É preciso vencer os demônios internos todos os dias”, compartilha.
Ela lembra ainda dos momentos em que duvidou de si mesma por não ser uma atleta em tempo integral, como a maioria das adversárias. “Achava que não era tão merecedora. Mas hoje vejo que sou até mais, por dar conta de tudo: mãe, esposa, atleta, professora, dona de casa…”.
Para as meninas que sonham em seguir no jiu-jítsu, o recado é direto: “Comece do jeito que você está. Vai ser difícil, mas se for de verdade, ninguém tira isso da sua cabeça. Só não desista”.