O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Antônio José Campos Moreira, exaltou-se e mandou um integrante do sindicato da categoria “calar a boca” durante sessão na qual debatia gratificações a membros do Ministério Público.
“Veja, o ato foi publicado sexta-feira à noite. Aí eu recebo um audiozinho, uma voz esganiçada que não sei de quem é declarando guerra, brigando”, disse ao microfone. Na sequência, ele se dirige a um interlocutor no auditório. “Cala a boca! Aqui o senhor não tem palavra. O senhor tem palavra no meio da rua. Aqui, não. Cale a sua boca”, esbravejou Antônio José Campos Moreira. Veja o vídeo:
“Não houve declaração de guerra alguma. Nós vamos implementar o benefício, no tempo da administração”, complementou. Em outro momento, o procurador-geral voltou a subir o tom:
“Eu só recebo quem tem estatura para dialogar com o procurador-geral. Eu sou o procurador-geral de Justiça. Esse cargo é importante. Não é o Antônio José, é o procurador-geral de Justiça. E, quem se dirigir a mim, vai se dirigir com respeito. Não vai se dirigir de uma forma moleque com vaias no meio da rua. Não vai. Cala a boca! Cala a boca!”
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O motivo da discussão
A discussão ocorreu na última segunda-feira (14/7) após a revogação de uma resolução, editada no mandato do antecessor de Antônio José Campos Moreira, que tratava da regulamentação da gratificação por qualificação. O benefício é previsto em lei desde 2011, mas nunca foi implementado na prática.
O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro argumentou que a revogação ocorreu porque o estado se encontra em crise fiscal. Segundo ele, a medida será implementada no tempo adequado.