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    Vídeo: homem é detido por motorista após atacar ônibus com pedra em SP

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    Um homem foi detido pelo motorista de um ônibus na manhã desta quinta-feira (10/7), após atacar um coletivo com uma pedra, em Guaianases, na zona leste de São Paulo. O veículo estava estacionado e teve vidros quebrados, mas ninguém se feriu.

    Imagens registradas nas redes sociais mostram o suspeito sendo contido pelo motorista de outro ônibus em uma calçada. Segundo populares, o indivíduo jogou uma pedra na direção do banco do motorista, que atravessou o vidro e parou em uma barra de proteção.

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    Na sequência, outro motorista, que presenciou a cena, conteve o suspeito e o imobilizou. O coletivo ficou repleto de cacos de vidro após o ataque, mas o motorista alvo não se feriu.

    Veja:

    Procurada pelo Metrópoles, a SPTrans, gestora do transporte público por ônibus da cidade de São Paulo, informou que repudia os atos de vandalismo registrados no sistema de transporte. Desde o dia 12 de junho, as empresas operadoras relataram que 339 ônibus do sistema municipal foram depredados.

    A Secretaria da Segurança Pública (SSP) foi procurada pela reportagem, mas não se pronunciou até a publicação desta reportagem. Não há informações se o indivíduo foi preso.

    Outras prisões por ataques a ônibus

    • Na última sexta-feira (4/7), um adolescente envolvido em um ataque em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, foi apreendido e conduzido à delegacia. Nesse dia, foram seis ônibus vandalizados.
    • Cotia registrou 30 ataques no último mês, de acordo com o secretário de Segurança Pública da cidade.
    • No sábado (5/7), dois homens foram presos em flagrante após danificarem coletivos em Pirituba e Santo Amaro, nas zonas norte e sul, respectivamente.
    • No caso de Pirituba, segundo a Polícia Militar (PM), o suspeito foi detido após atirar uma pedra contra um ônibus na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, às 6h54.
    • Uma mulher foi atingida. Não há atualizações sobre o estado de saúde da vítima atingida.
    • Ele foi levado para o 87º Distrito Policial (Vila Pereira Barreto), onde a ocorrência foi registrada.

    Motivações dos ataques

    A polícia trabalha com mais de uma hipótese para solucionar o mistério da onda de vandalismo na Grande São Paulo. Não são descartados o envolvimento de empresas de ônibus, grupos sindicais e desafios na internet.

    6 imagensCerca de 135 ônibus foram depredados, em menos de 10 dias, na Grande São PauloUm homem de 27 anos foi preso após depredar três ônibus e pontos de ônibus em São Bernardo do CampoAdolescente é apreendido suspeito de ataque a ônibus em CotiaÔnibus atacado em CotiaDelegado Ronaldo Sayeg, diretor do Deic, durante coletiva sobre onda de ataques a ônibus em SPFechar modal.1 de 6

    São Paulo está enfrentando uma onda de ataques a ônibus nas últimas semanas

    Reprodução/Diário do Transporte2 de 6

    Cerca de 135 ônibus foram depredados, em menos de 10 dias, na Grande São Paulo

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    Um homem de 27 anos foi preso após depredar três ônibus e pontos de ônibus em São Bernardo do Campo

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    Adolescente é apreendido suspeito de ataque a ônibus em Cotia

    Divulgação/Secretaria de Segurança de Cotia5 de 6

    Ônibus atacado em Cotia

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    Delegado Ronaldo Sayeg, diretor do Deic, durante coletiva sobre onda de ataques a ônibus em SP

    Bruna Sales/Metrópoles

    O diretor do Deic de São Paulo, Ronaldo Sayeg, afirmou em coletiva de imprensa, na última quinta-feira (3/7), que a única linha de investigação afastada, por ora, é a de uma ação articulada pelo crime organizado.

    “Descartamos, por ora, uma ação de facções criminosas. Isso em razão da ausência de um propósito. Esses ataques não revelaram um propósito, o que é típico de facções. Trabalhamos com outras hipóteses, que já foram ventiladas, como os desafios de internet”, disse Sayeg, durante coletiva de imprensa.

    Sayeg e Santiago afirmam que, com base na suspeita de desafios na internet, está sendo feito um trabalho de monitoramento das plataformas digitais, mas até agora não há nada concreto em relação a essa linha de investigação. “A gente tem que lembrar que a Divisão de Crimes Cibernéticos (Dcciber), que tem um know-how muito bom, até o momento não tem nada de concreto sobre desafios de internet”, disse Fernando Santiago ao Metrópoles.

    A possibilidade de desafios on-line já havia sido ventilada pelo próprio vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), que comentou sobre as ocorrências no litoral paulista.

    Ao Metrópoles, Ramuth disse que conversou com o delegado Flávio Ruiz Gastaldi, diretor do Deinter 6, responsável pela Baixada Santista. “É uma das hipóteses que estão investigando”, afirmou o vice-governador.