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    Vídeo: no STF, Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, erra própria idade

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    Durante interrogatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), Filipe Martins, ex-assessor do então presidente Jair Bolsonaro (PL) para assuntos internacionais, cometeu uma gafe com relação à sua idade. Em longo interrogatório, nesta quinta-feira (24/7), Martins falou sobre sua localização em comparação à investigação da Polícia Federal, citou páginas. Disse que não estava presente em reunião que tratou de minuta golpista com os famosos “considerandos” de Mauro Cid. Ainda afirmou que jamais delataria Bolsonaro, pois não teria nada de ruim a dizer.

    Em meio às afirmações e informações em ação na qual foi interrogado como réu por trama golpista, no entanto, Martins errou a própria idade. Logo no começo do interrogatório, o ex-assessor respondeu à pergunta do juiz auxiliar de Alexandre de Moraes, Rafael Henrique Tamai, e disse ter nascido em 11 de dezembro de 1987.

    Após quase 3 horas de interrogatório, em um bate-bola com seu advogado Jeffrey Chiquini, Martins, no entanto, esqueceu a idade. Chiquini perguntou: Quantos anos vocês tem, Filipe? E ele respondeu: 35 anos. Por ter nascido em 1987, Filipe Martins teria 37 anos.

    Veja vídeo:

    Ainda no interrogatório, Martins negou a veracidade de declarações do tenente-coronel Mauro Cid em delação premiada.

    O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro delatou que Martins teria redigido o documento que ficou conhecido como “minuta do golpe” e que previa, supostamente, a prisão de autoridades e a anulação da eleição de 2022, vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    “Não só não tive contato com essa minuta antes, como não tive durante o processo. Por isso, minha defesa tem insistido em chamar essa minuta de minuta fantasma”, disse Filipe Martins, em depoimento por videoconferência ao juiz Rafael Henrique Tamai, que auxilia o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura uma suposta trama golpista liderada por Bolsonaro em 2022.

    Martins é um dos réus do grupo 2 da suposta trama golpista.

    O que disse Mauro Cid?

    O tenente-coronel Mauro Cid reafirmou sua versão sobre a “minuta do golpe” no último dia 14 de julho, também falando ao STF, e disse que o ex-presidente teria lido e feito alterações no texto.

    Ao falar da minuta, Cid garantiu ainda que Filipe Martins estava presente na discussão e que seria um dos autores do documento, junto a um jurista de quem ele não lembra o nome. “Esse documento basicamente era composto de duas partes. A primeira parte é nos considerandos, já foi discutida à beça sobre isso aí, e uma segunda parte é um artigo de ações e determinações que deveriam ser tomadas”, disse Cid.

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    O ex-ajudante de ordens também reafirmou, confirmando depoimentos anteriores, que uma primeira versão do documento previa a prisão de autoridades várias, como o então presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, mas que a versão editada por Bolsonaro teria ficado mais enxuta e prevendo apenas a prisão de Moraes, então presidente do TSE.