A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29/7) em Roma, na Itália. A informação foi confirmada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Em vídeo, a parlamentar disse: “Estou segura de me entregar às autoridades italianas”. A deputada ainda criticou “a autoridade ditatorial de Alexandre de Moraes e de seus comparsas do Suprema Corte” e indicou que a Itália não possui um ditador no poder.
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Apontando que está tranquila e calma, Zambelli garante que não vai voltar para cumprir pena no Brasil: “Se eu tiver que cumprir qualquer pena, vai ser aqui na Itália, que é um país justo ainda e democrático. Mas eu estou segura que, analisando todos os processos, de cabo a rabo, eles vão perceber que eu sou inocente, porque eu não ordenei a invasão ao CNJ”.
A parlamentar brasileira foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão e à perda do mandato por ter invadido o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto, para incluir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.
No vídeo, Zambelli ainda fala que estava resistindo e vai continuar resistindo pelo Brasil. “Podem ter certeza que todas as diversidades só fizeram de mim uma mulher mais forte, mais resistente e com muito mais fé. Eu confio que tudo isso vai passar. À noite, às vezes, fica mais escuro antes do amanhecer. Mas quando amanhece, e vai amanhecer, Deus é quem vai estar cuidando de nós e da nossa pátria. Não desista. Resista”, finalizou.
Prisão de Zambelli
O deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, afirmou nas redes sociais, nesta terça, que foi ele quem comunicou o endereço do apartamento de Zambelli à polícia de Roma.
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Deputado italiano Angelo Bonelli é contra cidadania italiana para Bolsonaro
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A deputada bolsonarista fugiu no início de junho para a Itália, país onde tem cidadania. O governo brasileiro tentava a extradição da parlamentar, até então sem sucesso.
Em nota, a PF informou que a prisão de Zambelli “é resultado de cooperação policial internacional entre a PF, a Interpol e agências da Itália”.
“A presa era procurada por crimes praticados no Brasil e será submetida ao processo de extradição, conforme os trâmites previstos na legislação italiana e nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário”, adianta a PF.