Pressionado pelo União Brasil a entregar o cargo, o ministro do Turismo, Celso Sabino, está em uma encruzilhada entre deixar o governo Lula ou viabilizar sua candidatura ao Senado em 2026 pelo Pará, seu reduto eleitoral.
Se resolver ficar no governo para ter uma vitrine eleitoral e o apoio de Lula na disputa, Sabino precisará deixar o União Brasil. O ministro, porém, teria dificuldade para encontrar outra sigla por questões políticas locais.
4 imagens
Fechar modal.
1 de 4
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil).
Kebec Nogueira/Metrópoles
@kebecfotografo2 de 4
O ministro do Turismo pontuou que o governo Lula tem investido na infraestrutura de Belém para garantir que a rede hoteleira seja suficiente para receber os líderes que irão participar da COP
Kebec Nogueira/Metrópoles
@kebecfotografo3 de 4
Em entrevista ao Metrópoles, Celso Sabino destacou o crescimento do Turismo no Brasil, com destaque para a movimentação em 2024
4 de 4
O ministro do Turismo, Celso Sabino
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo
Aliados de Sabino lembram que ele não é próximo do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Assim, Helder não se esforçaria para ajudar o ministro do Turismo a se realocar em outro partido.
Leia também
-
União Brasil dá ultimato para ministro do Turismo deixar governo
-
Bastidores: Lula reuniu ministros do União Brasil para fazer cobrança
-
Bolsonaro fecha acordo com União Brasil para eleição no Rio em 2026
-
Mágoas e cobranças: como foi reunião de Lula com chefe do União Brasil
A pressão do União Brasil
Como a coluna noticiou na sexta-feira (29/8), o União Brasil deu um ultimato para Celso Sabino: ou ele entrega o cargo no governo Lula ou deixa o partido nos próximos dias.
Segundo caciques da sigla, Sabino terá que tomar uma decisão até a quarta-feira (3/9), quando a legenda se reunirá para aprovar oficialmente o desembarque do governo.
À coluna, Sabino disse, na tarde da sexta-feira, serem “fake news” as notícias de que já decidiu deixar o governo. Segundo ele, ainda não há decisão tomada.
O União Brasil já tinha decidido desembarcar do governo Lula, mas somente após a Justiça Eleitoral homologar a federação entre o partido com o Progressistas, o que ainda não tem data certa.
A crítica de Lula ao presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, durante a reunião ministerial na terça-feira (27/8), contudo, fez o partido antecipar essa decisão.
Durante a reunião com seus ministros no Palácio do Planalto, Lula disse não ter pretensão de ser amigo de Rueda, porque não gosta do chefão do União Brasil, nem o dirigente gosta do petista.