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    Abaixo do esperado, vendas do varejo caem em junho e frustram mercado

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    Pelo terceiro mês consecutivo, as vendas do comércio varejista registraram queda em junho deste ano, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (13/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Os números fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo instituto.

    De acordo com o levantamento, em junho de 2025, o volume de vendas do varejo recuou 0,1% em relação a maio. No mês anterior, houve queda de 0,2%.

    O resultado veio muito abaixo das estimativas da maioria dos analistas do mercado, que projetavam alta de 0,7% na comparação mensal.

    O que é a PMC

    • Iniciada em janeiro de 1995, a pesquisa produz indicadores sobre o comportamento conjuntural do comércio varejista no país.
    • Para calcular a Pesquisa Mensal de Comércio, o IBGE monitora a receita bruta de revenda nas empresas formais, com 20 ou mais trabalhadores, cuja atividade principal é o comércio varejista.
    • A PMC traz indicadores de faturamento real e nominal, pessoal ocupado e salários e outras remunerações.

    Outros dados

    Segundo o IBGE, a média móvel trimestral caiu 0,3% no trimestre encerrado em junho.

    Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista avançou 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

    O resultado também frustrou os analistas do mercado, que esperavam um crescimento anual de 2,4% em junho.

    No acumulado do ano até junho, a alta foi de 1,8%. Em 12 meses, de 2,7%.

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    Comércio ampliado

    No comércio varejista ampliado – que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção –, o volume de vendas recuou 2,5% em junho.

    Na série com ajuste sazonal, cinco das oito atividades do comércio varejista registraram queda na passagem de maio para junho: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,7%); livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%); móveis e eletrodomésticos (-1,2%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,9%); e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%).

    Por outro lado, no campo positivo, aparecem outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%); tecidos, vestuário e calçados (0,5%); e combustíveis e lubrificantes (0,3%).

    Queda nas vendas em 14 das 27 unidades da Federação

    De acordo com os dados do IBGE, entre maio e junho deste ano, na série com ajuste sazonal, houve resultados negativos em 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Tocantins (-4,1%), Piauí (-3,2%) e Amapá (-2,6%).

    Por outro lado, entre os destaques positivos em junho, aparecem Paraná (2,6%), Roraima (2,2%) e Santa Catarina (1,1%). Amazonas e Espírito Santo registraram estabilidade (0%).