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    Além do sexo: 6 vezes que Sex and the City ensinou sobre empoderamento

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    O universo de Sex and the City está em clima de despedida. Michael Patrick King, criador e responsável pelo spin-off And Just Like That, anunciou que o último episódio da série será exibido nesta quinta-feira (14/8).

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    Segundo o diretor, em um comunicado compartilhado nas redes sociais, a decisão foi tomada em conjunto com Sarah Jessica Parker, que segue dando vida à personagem Carrie Bradshaw, além do CEO da HBO, Casey Bloys, e da chefe de conteúdo da emissora, Sarah Aubrey.

    Sex and the City já ganhou sete Emmys e oito Golden Globes

    A série de sucesso tocou o coração de muita gente. A versão original começou em 1998 e, desde então, acompanha Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Samantha Jones (Kim Cattrall), Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) e Charlotte York (Kristin Davis), que navegam por tudo relacionado a amor, vida e  amigos na cidade de Nova York.

    A fim de dar um último adeus à trama, a Pouca Vergonha separou as melhores lições sexuais dadas na produção que, além de sexo, ensinou muito sobre empoderamento feminino.

    Todo mundo se masturba

    “Eu estou me masturbando. Já avisei que vou fazer isso o dia todo”

    A série deu visibilidade à masturbação, um tema que que ainda hoje é considerado um tabu. Com agradecimentos especiais à personagem mais sex positive da série, Samantha, muitos episódios são dedicados à compra e ao uso de brinquedos sexuais e vibradores pessoais.

    Infertilidade e abortos fazem parte da vida (e merecem ser discutidos)

    Charlotte enfrentou dificuldades constantes para conceber um filho

    Charlotte enfrentou dificuldades para conceber um filho, que começaram com a incapacidade do primeiro marido de manter uma ereção. Logo depois, descobriu que também tinha problemas de infertilidade e, posteriormente, passou por inúmeras rodadas de fertilização in vitro. Ela fala bastante sobre essas experiências com as outras três personagens, e todas oferecem apoio mesmo em momentos particularmente difíceis.

    Talvez mais controversa seja a disposição de SATC em falar abertamente sobre aborto. Na 4ª temporada, Miranda engravida e considera a possibilidade de fazer um aborto. Tanto Samantha quanto Carrie discutem abertamente suas diversas experiências com abortos com sensibilidade e franqueza.

    Por fim, Miranda decide ficar com o bebê, tornando o episódio ótimo para desestigmatizar o aborto e reforçando a mensagem de que o poder de escolha de cada indivíduo é extremamente importante.

    Solteira e sexualmente ativa, sim

    Cada personagem tinha total autonomia sobre sua vida sexual e discutia suas façanhas e preferências sexuais entre si

    A forma como as mulheres são retratadas como humanas solteiras, prósperas e sexualmente ativas, com desejos e taras próprias, também foi bastante inovadora para a TV da época.

    Cada personagem tinha total autonomia sobre sua vida sexual e discutia suas façanhas e preferências sexuais entre si.

    Priorize o relacionamento consigo mesma

    “Eu amo você. Mas eu me amo mais”

    Samantha é uma “rainha absoluta” durante toda a série e, em um dos episódios, conversa com as amigas sobre como sente que está se distanciando ainda mais de si mesma por estar em um relacionamento monogâmico que não a deixa totalmente feliz.

    Com mais de 50 anos, ela busca progresso pessoal e emocional, e sabia que precisava de um tempo sozinha para alcançar esse objetivo. Então, ela toma a dolorosa decisão de terminar.

    Seus sentimentos também são importantes

    A série transmitiu com sucesso a importância de se validar e falar sobre seus sentimentos sem perder o poder ao longo do caminho

    SATC apresenta inúmeras conversas emocionantes, muitas lágrimas, muitas cenas de “olhando pela janela e contemplando a vida” e muitos momentos em que as mulheres exigem que sua felicidade e sentimentos sejam priorizados.

    A série transmitiu com sucesso a importância de se validar e falar sobre seus sentimentos sem perder o poder ao longo do caminho. Carrie, em particular, discutiu e analisou seus sentimentos longamente (muitas vezes, por meio de seus artigos) e tomou medidas para melhorar seu autocuidado.

    Sexo positivo com Samantha Jones

    Talvez tenha sido Samantha Jones, avessa a compromissos, quem personificou a positividade sexual em sua forma mais liberal e ousada

    Talvez tenha sido Samantha Jones, avessa a compromissos, quem personificou a positividade sexual em sua forma mais liberal e ousada. Ela não se importava com o que os outros pensavam dela e vivia de acordo com suas próprias regras. Não julgava ninguém e se recusava a ser julgada.

    Para ela, sexo pode ter sido um jogo de poder em certas ocasiões. Porém, sempre foi sobre o seu prazer acima de tudo. E ela era franca sobre isso. “Sou uma try-sexual“, declarou em um episódio. “Vou experimentar tudo pelo menos uma vez.”