Após a divulgação de um relatório elaborado pelo governo dos Estados Unidos citando ações da Polícia Militar de São Paulo como exemplo de violações dos direitos humanos no Brasil, Tarcísio de Freitas elogiou a atuação das forças policiais no estado. O governador também criticou o Judiciário pela reincidência de crimes e sugeriu uma “mudança nas leis”.
A declaração de Tarcísio foi motivada por uma operação da Polícia Civil de São Paulo contra uma quadrilha de assaltantes, na terça-feira (12/8).
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Governo de Donald Trump criticou atuação da PM de São Paulo
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu a polícia e criticou o Judiciário
Alessandro Dantas/PT no Senado
“Nossa Polícia Civil prendeu hoje 15 criminosos que atuavam em roubos de condomínios no Centro e na Zona Sul da capital. O líder da quadrilha, Cleudson Leandro da Silva, é membro de facção criminosa e, para surpresa de ninguém, já havia sido preso em maio, mas foi liberado. Todos os 15 capturados nessa operação são reincidentes”, afirmou o governador.
“A polícia vai continuar prendendo e tirando os bandidos das ruas, mas somente com a mudança nas leis nós vamos impedir que criminosos sejam soltos e continuem gerando medo e insegurança nas pessoas. O bandido não é vítima da sociedade e, enquanto estivermos aqui no governo, vamos lutar todos os dias para colocar cada um deles na cadeia, nem que tenhamos que prender 10, 15, 30 vezes”, disse Tarcísio.
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Direitos humanos
O relatório divulgado pelo Departamento de Estado dos EUA na terça-feira citou as mortes atribuídas à polícia de São Paulo como um dos fatores que demonstram o declínio dos direitos humanos no Brasil. O documento usa como exemplo uma morte em decorrência de ação da PM paulista durante a Operação Escudo, em julho de 2023, na Baixada Santista.
O texto buscava atingir o presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, mas acabou atingindo um dos principais aliados de Jair Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas, também defensor do governo de Donald Trump.