O governo da Argentina seguiu o passo dos Estados Unidos, e classificou o cartel de Los Soles como organização terrorista. Esse é o grupo criminoso que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, é acusado pelos EUA de liderar. A decisão argentina foi divulgada nesta terça-feira (26/8) pelo Ministério da Justiça do país.
Em nota, o governo argentino afirmou que a decisão é baseada em “relatórios oficiais que confirmam atividades ilícitas de caráter transnacional” do grupo venezuelano. Ela, informou o Ministério da Justiça, também fortalece a “cooperação internacional em matéria de segurança e justiça, em estreita coordenação com parceiros regionais e multilaterais”.
Após a reclassificação do cartel de Los Soles, a ministra da Justiça do país, Patricia Bullrich, acusou Maduro de ser o líder da organização.
“Declaramos o cartel de Los Soles uma organização terrorista e narcocriminosa”, escreveu Bullrich em uma publicação no X. “Maduro e sua comitiva são narcoterroristas”.
Leia também
-
Rússia promete apoio à Venezuela em meio a ameaças contra Maduro
-
Chanceler de Maduro sobre os EUA: “Não temos medo de nada”; vídeo
-
China faz alerta sobre ameaças de Trump contra Maduro
-
EUA promete usar “todo o poder” norte-americano contra Maduro
Pressão dos EUA contra Maduro
Desde julho, o governo dos Estados Unidos voltou os olhos para o atual — e contestado internacionalmente — presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Há alguns anos, o herdeiro político de Hugo Chávez é acusado e classificado por Washington de possuir envolvimento com o tráfico internacional de drogas. Atualmente, o governo de Donald Trump acusa o líder chavista de liderar o cartel de Los Soles.
A suposta ligação de Maduro com cartel, sem provas concretas, surge em meio a uma mudança nas políticas norte-americanas de combate ao tráfico internacional de drogas.
Desde o início do governo Trump II, diversos grupos ligados ao tráfico foram classificado como organizações terroristas. Mais que uma simples retórica, a medida abre precedentes para que os EUA realizem operações militares em outros países, sob a justificativa da guerra contra o terror.