A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, nesta sexta-feira (15/8), que a arma utilizada pelo empresário Renê da Silva Nogueira Júnior para matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, na última segunda-feira (11/8), pertence à esposa de Renê, a delegada Ana Paula Lamego Balbino. A corporação acrescentou, no entanto, que o armamento está registrado como item particular, ou seja, não é a arma funcional.
Gari morto a tiros
- O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior foi preso na segunda-feira (11/8) pela Polícia Civil, em uma academia de Belo Horizonte.
- Testemunhas relataram que Laudemir e outros garis recolhiam resíduos quando o empresário passou de carro e pediu que o caminhão fosse retirado da via para que ele pudesse passar com o veículo dele, um automóvel eletrificado.
- Após uma breve discussão com a motorista do caminhão, o empresário desceu do carro armado e efetuou disparos. Laudemir foi atingido na região da costela. René entrou no veículo e fugiu.
- A vítima chegou a ser socorrida e levada a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. A causa da morte foi hemorragia interna provocada pelo projétil, que ficou alojado no corpo.
- A motorista do caminhão de coleta relatou que havia espaço suficiente para o carro passar e que o empresário se irritou sem necessidade. Segundo ela, antes de atirar contra os garis, Renê apontou a arma para a cabine e ameaçou disparar contra seu rosto, dizendo: “Vou dar um tiro na cara”.
Laudemir de Souza Fernandes foi assassinado na segunda, enquanto trabalhava em Belo Horizonte. Conforme testemunhas, o trabalhador e a equipe de limpeza estavam em uma das ruas do bairro Vista Alegre, quando, após uma breve discussão, Renê usou a arma para atingir o gari, que foi socorrido, mas não sobreviveu.
Foto de Renê preso
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Delegada Ana Paula Balbino Nogueira, esposa de Renê, suspeito de matar gari em BH
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Renê ao lado da esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira
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Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos
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Laudemir de Souza Fernandes, gari assassinado em Belo Horizonte (MG)
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Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos
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Foto nas redes sociais
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Empresário suspeito de matar gari, durante audiência de custódia
Material cedido ao Metrópoles
Frio, empresário cita roupa na morte de gari: “Usava calça da Diesel”
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A conclusão sobre a propriedade da arma utilizada no crime ocorreu após realização de perícia técnica.
“A Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) informa que, de acordo com os exames periciais realizados, a arma de fogo utilizada no homicídio, ocorrido na última segunda-feira (11), no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, que vitimou um homem, de 44 anos, está registrada em nome da servidora da instituição. Trata-se de uma arma de fogo particular”, diz nota divulgada pela polícia.
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Prisão preventiva
Renê foi preso no mesmo dia do crime em uma academia. A prisão preventiva do empresário foi decretada pela Justiça após ele passar por uma audiência de custódia, por solicitação do Ministério Público.
“[Tendo em vista] todo esse contexto, gravidade concreta dos fatos, reiteração delitiva do agente eu acolho, por garantia da ordem pública, integralmente o parecer ministerial e converto seu flagrante em prisão preventiva”, concluiu o juiz Leonardo Damasceno sobre a prisão de Renê que já foi processado por outros crimes.
O corpo do gari assassinado foi sepultado em Belo Horizonte na terça-feira (13/8).