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    Bitcoin bate novo recorde e supera US$ 124 mil pela 1ª vez na história

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    O bitcoin, principal criptomoeda do mundo, renovou sua máxima histórica na noite dessa quarta-feira (13/8) e, pela primeira vez, ultrapassou a marca de US$ 124 mil (cerca de R$ 668 mil, pela cotação atual).

    Até então, o recorde de cotação do bitcoin havia sido registrado no dia 14 de julho, quando a criptomoeda bateu US$ 123,2 mil.

    Após o recorde alcançado na véspera, o bitcoin perdia força na manhã desta quinta-feira (14/8) e, por volta das 8 horas (pelo horário de Brasília), era negociado a US$ 120,8 mil (cerca de R$ 651 mil).

    O que explica o recorde do bitcoin

    A alta da criptomoeda ocorreu em um dia no qual os principais índices das bolsas de valores dos Estados Unidos tiveram forte alta. O S&P 500, por exemplo, bateu sua máxima história pelo segundo pregão consecutivo.

    Além da alta nas ações do mercado norte-americano, o movimento de forte valorização do bitcoin foi alavancado por uma legislação mais favorável nos EUA.

    Neste ano, o governo do presidente norte-americano Donald Trump conseguiu aprovar no Congresso as leis Clarity e Genius, que desburocratizam o mercado cripto no país.

    Na semana passada, Trump também assinou uma ordem executiva que determina que o Departamento do Trabalho avalie a possibilidade de incluir criptomoedas em planos de aposentadoria.

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    Outro fator que aumentou o otimismo dos investidores é a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) deve iniciar o ciclo de redução da taxa de juros já a partir de sua próxima reunião, no mês que vem.

    Em sua última reunião, no fim de julho, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed anunciou a manutenção dos juros básicos no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. A próxima reunião do Fed para definir a taxa de juros acontece nos dias 16 e 17 de setembro.

    Criptomoedas

    As criptomoedas, em geral, são consideradas ativos de maior risco do que investimentos em renda fixa, o que oferece oportunidade de maior retorno.

    Projeções apontam que parte dos investidores destinam algo entre 1% e 10% de seu patrimônio para esses ativos de maior risco. Quando a perspectiva é de inflação menor e juros mais baixos nos EUA, os criptoativos se tornam mais atraentes. Afinal, juros mais baixos diminuem a rentabilidade da renda fixa, o que anima os investidores a serem mais arrojados. Quando ocorre o contrário, elas se tornam menos atrativas.