A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) deflagrou, nesta quarta-feira (20/8), uma operação contra uma quadrilha especializada em fraudes milionárias com veículos.
A ação, conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), resultou na prisão de Robson Soares Moreira Junior, apontado como responsável por uma agência de locação onde foram encontrados 11 automóveis fruto de estelionato. Outras diligências localizaram mais 12 veículos em diferentes pontos do estado, totalizando 23 carros recuperados.
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Segundo as investigações, o grupo aplicou um golpe estimado em R$ 6 milhões contra grupos multinacionais de investimentos e financiamentos. Uma empresa de fachada, criada especificamente para o crime, celebrou contrato milionário em Minas Gerais para a aquisição de 76 veículos, mas não efetuou nenhum pagamento. Após o calote, os automóveis desapareceram sem deixar vestígios.
Contrato fraudulento e sumiço dos carros
As apurações revelaram que a documentação apresentada pela empresa era falsificada. Com o rastreamento dos veículos e cruzamento de dados de inteligência, a polícia identificou que parte da frota havia migrado para o estado do Rio de Janeiro, circulando em regiões como Santa Cruz e adjacências.
A investigação também apontou que os automóveis estavam sendo usados em aplicativos de transporte, controlados pela milícia local, como forma de gerar receita ilícita.
Agência de fachada no Recreio
Os investigadores descobriram que uma parcela dos carros estava exposta para locação em uma agência dentro de um shopping no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.
No local, além dos veículos, foram encontrados materiais de oficina, indicando que o grupo fazia a manutenção por conta própria, já que não poderia recorrer a concessionárias ou oficinas autorizadas.
Robson Soares Moreira Junior foi preso em flagrante no momento em que se preparava para alugar um dos veículos.
A Polícia Civil agora busca localizar os demais carros, identificar possíveis sócios ocultos da empresa de fachada e apurar o destino do dinheiro obtido com o aluguel dos veículos apreendidos.