O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ajustou os últimos detalhes do plano de socorro aos setores mais afetados pelo tarifaço de Donald Trump na noite desta terça-feira (5/8). O mandatário recebeu no Planalto o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria, Comércio e Serviços. Apesar de não constarem na agenda pública, os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Rui Costa (Casa Civil) também participaram.
Os detalhes do plano de ajuda não foram divulgados, mas espera-se que sejam anunciados nesta quarta-feira (6/8), dia em que a taxação de 50% anunciada pelos Estados Unidos a produtos brasileiros entra em vigor. Segundo fontes do Planalto, a ajuda pode ter caráter financeiro e reembolsável, e será feita de maneira pontual aos setores mais dependentes da exportação para o país norte-americano.
A principal preocupação é a manutenção de empregos dessas áreas da economia, segundo auxiliares do presidente Lula. Apesar de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter poupado itens como laranja e peças de aviação, há segmentos que podem ter impacto financeiro e redução de trabalhadores, como o de frutas em geral e também o de café.
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A ordem é esperar até o último minuto para anunciar o socorro, pois o governo acredita que mais itens podem ficar de fora da taxação geral de 50%. Mais cedo, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou num evento acreditar que itens como café e carne ainda podem ser incluído nas exceções.
“Eu tenho conversado com alguns empresários e, por uma questão lógica da lei da oferta e da procura, uma coisa que é cara para o paladar deles é carne e café. O resto eles se reposicionam”, disse a ministra.