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Como a IA se tornou essencial para desenvolver cidades inteligentes

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Como a IA se tornou essencial para desenvolver cidades inteligentes

Quando se fala em desenvolvimento, é muito comum atualmente a inteligência artificial vir à tona, automatizando processos e os tornando mais eficientes. Esse foi o tema principal da palestra “Oportunidades da Tecnologia para o Setor Público”, ministrada pelo representante da Huawei no Brasil, Breno Machado, no 12º Congresso Estadual de Profissionais da Engenharia e Colégio de Inspetores 2025, ambos realizados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), o maior conselho de fiscalização de exercício profissional da América Latina.

Para ele, responsável por aliar a estratégia global da empresa ao serviço público brasileiro, estar em dia com a IA é obrigação ao falar em cidades inteligentes.

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Todo o processo de transformação passa pela tecnologia. Não à toa, a companhia chinesa investiu mais de US$ 171,1 bilhões (cerca de R$ 928 bilhões) em 10 anos. E a engenharia é fundamental nesse processo, pois são os profissionais que projetam e implementam essas tecnologias.

Breno Machado enxerga três pilares no desenvolvimento da inteligência artificial e respectivas negociações: consumidores, operadoras e empresas. “Existe um termo que precisamos trabalhar mais no Brasil, que é a parte de transformação digital. Dados antes centrados em pessoas passam a ser centrados no digital.”

Três setores públicos essenciais podem ser transformados com a IA desde já, segundo o especialista: educação, saúde e segurança. E com tecnologias já conhecidas mesmo no Brasil.

Educação

Nas escolas, o professor pode receber recomendações de ajustes no conteúdo escolar e gerar materiais de aprendizagem, bem como prever resultados. E os estudantes podem aprender fora e dentro da sala de aula da mesma maneira.

Breno Machado mostrou um exemplo já utilizado na China, em que o aluno entra em um ambiente remoto e, além de assistir ao conteúdo por câmeras, dispõe de uma IA resumindo, em escrito e com recursos gráficos, o conteúdo lecionado – da mesma forma que um quadro negro, mas instantâneo.

Segurança

Essas filmagens podem ser estendidas também à segurança no trânsito. Servidores públicos de prefeituras ao redor do mundo já têm acesso a um sistema de câmeras que identifica veículos em alta velocidade e até analisa de quem foi a culpa em um potencial acidente, medindo comportamentos erráticos e fazendo o julgamento, já com a placa do carro detectada.

O trabalho dos agentes de segurança com IA é mais um fator para o advento de cidades inteligentes – em que a infraestrutura, os sistemas e os serviços urbanos são otimizados por engenheiros. A tecnologia poderá, e já é capaz em alguns casos, de analisar evidências, detectar incidentes na prisão, trazer avaliação de risco de detentos pelo histórico criminal.

E um ponto essencial com o aumento dos vídeos criados pela inteligência artificial: a notificação de deepfakes.

Saúde

O último pilar do setor público explicado por Breno é o da saúde, que já está em curso no dia a dia do brasileiro. Hoje, é possível marcar consultas e exames por meio de chatbots, mas os recursos podem ir além, com análise de imagem e diagnóstico rápido de lesões, geração de relatórios e até conversas com avatares médicos, trazendo consultas em tempo real a qualquer momento.

“Temos que falar com o cliente para trazer esse senso de responsabilidade”, ressaltou o representante da Huawei no Brasil, reforçando a urgência de entrada do setor público no advento da IA como tecnologia para o desenvolvimento.

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