O senador Carlos Viana (Podemos-MG, foto em destaque) foi escolhido nesta quarta-feira (20/8) para presidir a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A escolha foi uma reviravolta: vitória da oposição e a primeira derrota para governistas e para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que havia indicado o senador Omar Aziz (MDB-AM) para presidir os trabalhos. O grupo alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro comemorou aos gritos de: “a farra do PT está acabando”.
Viana foi eleito por 17 votos a 14, que foram para Aziz. Logo depois de ser escolhido como presidente, o senador designou como relator o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), em derrota para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que havia indicado o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO).
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Farra do INSS
- O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023.
- Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
- As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).
A CPMI reúne 32 integrantes, entre deputados e senadores tanto da base do governo quanto da oposição. Contará ainda com o mesmo número de suplentes.
Saiba quem são os integrantes da CMPI:
Senadores titulares:
- Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da comissão;
- Omar Aziz (PSD-AM);
- Renan Calheiros (MDB-AL);
- Eduardo Braga (MDB-AM);
- Styvenson Valentim (PSDB-RN);
- Eliziane Gama (PSD-MA);
- Chico Rodrigues (PSB-RR);
- Jorge Seif (PL-SC);
- Izalci Lucas (PL-DF);
- Eduardo Girão (Novo-CE);
- Rogério Carvalho (PT-SE);
- Fabiano Contarato (PT-ES);
- Leila Barros (PDT-DF);
- Tereza Cristina (PP-MS);
- Damares Alves (Republicanos-DF).
Senadores suplentes
- Alessandro Vieira (MDB-SE);
- Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB);
- Oriovisto Guimarães (PSDB-PR);
- Otto Alencar (PSD-BA);
- Nelsinho Trad (PSD-MS);
- Magno Malta (PL-ES);
- Marcos Rogério (PL-RO);
- Rogério Marinho (PL-RN);
- Randolfe Rodrigues (PT-AP);
- Teresa Leitão (PT-PE);
- Augusta Brito (PT-CE);
- Ciro Nogueira (PP-PI);
- Cleitinho (Republicanos-MG).
Deputados titulares
- Coronel Chrisóstomo (PL-RO);
- Coronel Fernanda (PL-MT);
- Adriana Ventura (Novo-SP);
- Paulo Pimenta (PT-RS);
- Alencar Santana (PT-SP);
- Sidney Leite (PSD-AM);
- Ricardo Ayres (Republicanos-TO);
- Romero Rodrigues (Podemos-PB);
- Mário Heringer (PDT-MG);
- Bruno Farias (Avante-MG);
- Marcel Van Hattem (Novo-RS).
Deputados suplentes
- Zé Trovão (PL-SC);
- Fernando Rodolfo (PL-PE);
- Bia Kicis (PL-DF);
- Rogério Correia (PT-MG);
- Orlando Silva (PCdoB-SP);
- Carlos Sampaio (PSD-SP);
- Thiago Flores (Republicanos-RO);
- Mauricio Marcon (Podemos-RS);
- Lucas Redecker (PSDB-RS);
- Josenildo (PDT-AP).
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“Vou fazer um trabalho técnico”, afirma o relator da CPMI do INSS
Em entrevista ao programa Acorda Metrópoles desta quarta, o relator da CPMI do INSS, o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), afirmou que os trabalhos seguirão, “independentemente de partido político, independentemente de ideologia”. Sobre a possibilidade de um acordo político que inviabilizasse o andamento da Comissão, o relator disse: “Não há nada que vai nos parar.”
O relator acrescentou que prevê chamar ministros dos dois últimos governos, e citou a futura convocação de Carlos Lupi, demitido após a Operação Sem Desconto, e Onyx Lorenzoni, ministro da Previdência de Bolsonaro.