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    Deputada que levou bebê à Câmara reage após PT buscar conselho tutelar

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    A deputada Júlia Zanatta (PL) reagiu após o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Reimont (PT), acionar o Conselho Tutelar contra a parlamentar nesta quarta-feira (6/8).

    O petista pediu que seja apurado se houve “exposição indevida de criança a risco” após Zanatta levar a filha de 4 meses para o plenário do parlamento, em meio à tentativa da oposição de obstruir as votações na Câmara e no Senado.

    Em entrevista à coluna, Júlia Zanatta confrontou a posição de Reimont.

    “Abortista nunca está preocupado com crianças. O que ele quer é impedir o exercício regular do meu direito. Tenho foto da Talíria Petrone, do PSol, com o bebê dela na Câmara. Agora, querem usar a minha filha para criar um fato. Isso é lamentável”, disse a deputada.

    3 imagensDeputado Reimont (PT)Deputada Júlia Zanatta com bebê no colo na CâmaraFechar modal.1 de 3

    Deputado acionou Conselho Tutelar contra Júlia Zanatta

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    Deputado Reimont (PT)

    Vinicius Loures/Câmara dos Deputados3 de 3

    Deputada Júlia Zanatta com bebê no colo na Câmara

    VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

    Em 2021, Talíria Petrone discursou no plenário enquanto amamentava a filha.

    Ofício protocolado no Conselho Tutelar

    A denúncia de suposta irregularidade foi feita pelo deputado Reimont ao Conselho Tutelar de Brasília.

    “Na qualidade de presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados, venho por meio deste ofício comunicar e solicitar a devida apuração por parte deste Conselho sobre fato ocorrido nesta Casa Legislativa, que pode configurar situação de exposição indevida de uma criança a risco”, escreveu o petista no documento.

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    Para o deputado, a conduta “suscita sérias preocupações quanto à segurança da criança, que foi exposta a um ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional”.

    Nesta quarta, a oposição ocupou os plenários da Câmara e do Senado para obstruir votações no Congresso Nacional. Os parlamentares pleiteiam a votação do PL da Anistia e a tramitação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que põe fim ao foro por prerrogativa de função, medida que faria com que o julgamento de Bolsonaro deixasse a alçada do STF.