A disputa que Colômbia e Peru travam por uma ilha que apareceu no meio do rio Amazonas deixou de ser só diplomática e ganhou contornos militares.
Em protesto pelas ameaças feitas pelo presidente colombiano, Gustavo Petro, o governo peruano deslocou militares para a ilha de Santa Rosa — um território na tríplice fronteira amazônica entre Brasil, Peru e Colômbia —e que Lima e Bogotá reivindicam como seu .
As Forças Armadas colombianas também reforçaram o efetivo militar de Letícia, a cidade colombiana da região e que fica praticamente na frente da ilha de Santa Rosa.
Em meio à escalada da disputa, Petro marcou posição e foi a Letícia na quinta-feira (7), para onde ele transferiu uma celebração da vitória colombiana em uma batalha contra a Espanha que originalmente ocorre em uma cidade a mais de 1.000 quilômetros de lá.
No mesmo dia, o primeiro-ministro do Peru, Eduardo Arana, e parte de seus ministros visitaram a região. E a imprensa peruana relatou um suposto sobrevoo de aviões militares colombianos em espaço aéreo do Peru.
Ao chegar a Santa Rosa, homens do Exército do Peru hastearam dezenas de bandeiras peruanas por toda a ilha. “Eu quero que eles me expliquem por que chegou um helicóptero com militares à ilha de Santa Rosa se ainda não foi decidido que essa ilha é peruana”, protestou Petro.