O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quinta-feira (21/8) ser alvo de “censura” por autoridades brasileiras e citou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em publicação no X (antigo Twitter).
“O mundo está de olho. Minha designação como suspeito pela Polícia Federal de Alexandre de Moraes só reforça o que eu venho dizendo: o Brasil não é mais uma democracia, é uma ditadura”, escreveu.
O post de Eduardo foi uma resposta a Jason Miller, conselheiro de Donald Trump, que chamou Moraes de “idiota” em uma postagem anterior.
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O parlamentar ainda afirmou que deve ser preso no futuro pela Suprema Corte brasileira, sem direito à defesa. “Em tempo recorde, me levarão ao Supremo Tribunal Federal para me condenar sem direito a recurso, com base em uma narrativa fantasiosa que eles mesmos criam, algo que fazem constantemente, mas apenas contra aqueles que ousam criticar sua conduta, como se agentes públicos não pudessem ser responsabilizados”, disse.
Ainda nesta quinta, o conselheiro de Trump compartilhou uma matéria do jornal estadunidense The Washington Post, na qual Moraes cita Trump. “Compartilharemos isso com o presidente Donald Trump. PS — você é um idiota e uma ameaça à democracia em todo o Hemisfério Ocidental! ‘O juiz que se recusa a ceder à vontade de Trump: Faremos o que é certo’”, disse em uma mensagem destinada ao ministro.
Nessa quarta-feira (20/8), Eduardo Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF), juntamente com o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles são acusados dos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais.
O deputado se mudou para os Estados Unidos desde o início deste ano, quando entrou na mira da Justiça brasileira. O filho do ex-presidente também é acusado de fazer lobby junto a autoridades norte-americanas para tentar anistiar o pai no Brasil.