O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em publicação na rede social dele, a Truth Social, nesta segunda-feira (18/8), declarou que vai assinar uma ordem executiva contra as cédulas de votação pelos correios e as máquinas que contabilizam os votos no país.
O republicano pretende que a mudança no processo eleitoral seja implementada nas eleições de meio mandato de 2026 e vai “liderar um movimento” para isso.
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Em 3 de novembro de 2026, os eleitores americanos vão renovar os 435 assentos da Câmara dos Representantes e um terço dos 100 assentos do Senado. Se o partido de Trump sair derrotado, isso pode comprometer a continuidade do programa de governo.
Segundo o presidente, as máquinas são “altamente imprecisas, muito caras e seriamente controversas”. Além disso, de acordo com o presidente, elas custam 10 vezes mais caro do que o papel com marca d’água, que “é mais rápido e não deixa nenhuma dúvida, no final das contas, sobre quem ganhou e quem perdeu a eleição”.
Os pleitos nos Estados Unidos são realizados em papel e têm três modalidades: votação por correio; antecipada; e tradicional, marcada sempre em uma terça-feira de novembro.
A votação antecipada é a modalidade na qual os eleitores podem votar presencialmente ou enviar o voto pelos correios. O objetivo é melhorar a taxa de participação, além de reduzir as filas nos postos.
A votação presencial, em novembro, é prevista na Constituição do país e é a única data fixa para todos os estados dos EUA, visto que as demais regras são estabelecidas por região.
A contagem dos votos de papel é feita por máquinas e controlada pelas autoridades eleitorais de cada um dos colégios eleitorais, o que geralmente leva alguns dias para ser finalizada.
Em 2020, quando Trump perdeu as eleições para o democrata Joe Biden, ele levantou, sem provas, suspeitas sobre possíveis fraudes no processo eleitoral do país. À época, o republicano declarou que a contagem de votos feita pelos correios era “muito estranha”.